Em articulação do MPGO, grupos reflexivos de Catalão devem iniciar em abril atendimentos de homens autores de violência doméstica
Em articulação do MPGO, grupos reflexivos de Catalão devem iniciar em abril atendimentos de homens autores de violência doméstica

Participantes da reunião sobre os grupos reflexivos
Em reunião realizada na tarde desta quarta-feira (19/3), na sede do Ministério Público de Goiás (MPGO) em Catalão, ficou definido que serão iniciados no dia 22 do mês de abril, por meio do Programa Grupos Reflexivos, os atendimentos a agressores em casos de violência doméstica no município.
Participaram do encontro o promotor de Justiça Fernando Gomes Rosa, titular da 2ª Promotoria de Catalão; o juiz Breno Gustavo Gonçalves dos Santos; a delegada de Polícia Civil Yvve de Melo Rocha, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam); e o professor Fernando César Paulino Pereira, do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Catalão. Todos os presentes aderiram ao projeto, que terá os atendimentos realizados por meio de profissionais do curso de Psicologia na Universidade Federal de Catalão (UFCat).
Durante a reunião, o promotor fez um breve retrospecto do último encontro realizado para debater o tema e destacou como é o funcionamento do Centro de Estudos em Psicologia. Ele também lembrou uma parceria feita anteriormente com a Deam, a fim de prevenir casos de violência doméstica no município.
O professor Fernando Paulino aproveitou o momento para detalhar como funciona a abordagem psicológica que será utilizada no Grupo Reflexivo. Segundo ele, a psicologia pode contribuir para o processo de reflexão dos agressores, promovendo uma análise crítica de suas atitudes e ações.
Além disso, ele informou que na UFCat há três psicólogos para o atendimento de até 12 alunos. O docente aproveitou também para esclarecer que o protocolo, a princípio, prevê uma série de 11 sessões para cada participante, por meio de encontros semanais. Segundo ele, todos os atendimentos devem começar de forma individual e passando a ser coletivos posteriormente. O processo deve ser todo organizado de acordo com a demanda.
Quanto à indicação daqueles que vão participar do programa, o promotor Fernando Gomes esclareceu que ela poderá ser feita tanto na decisão de medidas protetivas quanto na condenação criminal. O juiz Breno Gustavo demonstrou preocupação com pontos do programa ao lembrar que o descumprimento a ele poderá ser punido com prisão preventiva ou regressão de regime.
Por fim, o grupo também debateu a importância da relação familiar no processo reflexivo, a fim de incentivar as mulheres a participarem, uma vez que o envolvimento delas é facultativo.
(Texto: Mariani Ribeiro/Assessoria de Comunicação Social do MPGO – Foto: acervo da 2ª PJ de Catalão)