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Alertas de desmatamento na Amazônia caem 64%, menor índice histórico para o mês

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Alertas de desmatamento na Amazônia caem 64%, menor índice histórico para o mês

 

Em fevereiro de 2025, o bioma Cerrado também alcançou a menor taxa de alertas de desmatamento para o mês na série histórica

 

Região do Vale do Javari na Amazônia (Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real)

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), emitidos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), mostram que os alertas de desmatamento na Amazônia Legal chegaram no mês de fevereiro ao menor índice da série histórica (iniciada em 2016) com redução de 64,26% de áreas em processo de desmatamento em comparação com o mesmo mês de 2024. Já em 2023, foi o pior ano nos alertas de desmatamento.

  • Fevereiro 2025: 80,95 km² de alertas de desmatamento;
  • Fevereiro de 2024: 226,51 km²;
  • Fevereiro de 2023: 321,97 km².

Quando se trata em específico dos estados da Amazônia Legal, que abrange 59% do território brasileiro, as com alertas em fevereiro de 2025 em cada um são:

  • Mato Grosso (29 km²);
  • Roraima (18 km²);
  • Pará (15 km²);
  • Amazonas (11 km²);
  • Maranhão (4 km²);
  • Rondônia (3 km²);
  • Acre (2 km²).

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A redução do número de alertas, que pode indicar uma efetiva redução da taxa de desmatamento anual, é atribuída ao reforço da fiscalização pelo governo federal e combate aos crimes ambientais. O presidente Lula tem o compromisso com o desmatamento zero até 2030, como consequência do protagonismo na discussão sobre meio ambiente que visa ter a partir da COP 30, em Belém (Pará).

Cerrado

No Cerrado o mês de fevereiro também apresentou redução no número de alertas de desmatamento ao ficar em 494,05 km², quando em 2024 foram 655,51 km². Os dados no bioma são compilados desde 2019.

Apesar da redução, os números seguem altos e ainda preocupam. Os três estados com maior número de alertas são:

  • Piauí (118,1 km²);
  • Bahia (104,71 km²);
  • Tocantins (97,45 km²).

Os alertas são feitos pelo Deter, do Inpe, que dá suporte ao controle do desmatamento feito pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e demais órgãos de proteção ambiental. Os alertas emitem sinais diários de mudanças na cobertura florestal. Dessa maneira, o Deter tem a função de “identificar e mapear, em tempo quase real, desmatamentos e demais alterações na cobertura florestal com área mínima próxima a 3 hectares”.

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Conforme o Inpe, para chegar aos dados “são utilizadas imagens dos sensores WFI, do satélite Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS-4) e AWiFS, do satélite Indian Remote Sensing Satellite (IRS), com 64 e 56 metros de resolução espacial respectivamente.” Segundo o Instituto, os alertas servem para dar suporte à fiscalização, o que difere da taxa de desmatamento que é medida pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento (Prodes).