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Mulheres são 59,1% das matrículas no ensino superior

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Mulheres são 59,1% das matrículas no ensino superior

 

Presença feminina dispara 138,6% em uma década (2013-2023), dominando da educação básica à docência e liderando a formação acadêmica no Brasil

 

Imagem: Freepik

As mulheres representam 59,1% das matrículas no ensino superior brasileiro, segundo o Censo da Educação Superior 2023, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) na última sexta-feira (7). O percentual equivale a 5,9 milhões de estudantes em um universo de aproximadamente 10 milhões. Elas também lideram entre os ingressantes da graduação somando 59,4% das novas matrículas.

O crescimento da presença feminina no ensino superior é expressivo. Em uma década, o número de mulheres matriculadas saltou 138,6%, passando de 4,2 milhões em 2013 para quase 10 milhões na edição mais recente do censo. O levantamento mostra ainda que 47,6% do corpo docente universitário é composto por professoras, totalizando 157.680 profissonais entre os 331.326 existentes.

Maioria também nas licenciaturas

Nos cursos de licenciatura, que formam professores para a educação básica, a presença feminina também prevalece. As mulheres correspondem a 73,9% dos estudantes dessa modalidade, com 1,3 milhão de matrículas em um total de 1,7 milhão. Entre os ingressantes em cursos dessa modalidade, elas representam 75,1%, somando 621.129 alunas.

A formação de professores tem sido foco de iniciativas do governo federal, como o Programa Mais Professores para o Brasil, lançado em janeiro deste ano. O programa inclui a Prova Nacional Docente (PND), que será aplicada em 2025 pelo Inep, e outras ações voltadas à valorização da docência, como o Bolsa Mais Professores e o Portal de Formação.

Liderança feminina na educação básica

Na educação básica, a presença feminina também é significativa. Elas representam 49,4% das matrículas, o equivalente a 23,4 milhões de estudantes entre os 47,3 milhões de alunos da educação infantil ao ensino médio. No ensino fundamental, o percentual fica em torno de 48,5% (7 milhões), mas no ensino médio as mulheres se tornam maioria, com 50,9% (3,9 milhões) das matrículas.

Na educação profissional e tecnológica, elas somam 57,9% (1,3 milhão) das matrículas, enquanto na educação de jovens e adultos (EJA), o percentual é de 51,9% (1,3 milhão).

Maioria entre professores e diretores

A docência na educação básica é majoritariamente feminina. Do total de 2,4 milhões de professores que atuaram nesse nível em 2023, 79,5% eram mulheres, o equivalente a 1,9 milhão de profissionais. O mesmo fenômeno se repete nos cargos de direção das escolas, onde 81,6% são ocupados por mulheres, somando cerca de 117 mil diretoras.

Os dados do Censo da Educação Superior 2023 e do Censo Escolar reforçam a presença feminina na educação brasileira, tanto como alunas quanto como professoras e gestoras. O avanço das mulheres no setor destaca sua relevância na formação acadêmica e no futuro da educação no país.

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