Sem categoria

MPGO/Gaeco dá apoio a operação do MPPR/Gaeco contra organização criminosa milionária com atuação nacional ligada a jogos de azar

Spread the love

MPGO/Gaeco dá apoio a operação do MPPR/Gaeco contra organização criminosa milionária com atuação nacional ligada a jogos de azar

MPGO/Gaeco e PCGO cumprem mandado em Goiânia

O Ministério Público de Goiás (MPGO), por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), realizou nesta quinta-feira diligências em apoio à Operação Las Vegas, deflagrada pelo Gaeco – Núcleo Londrina do  Ministério Público do Paraná (MPPR) contra uma organização criminosa com atuação nacional na exploração de jogos de azar e na prática de usura e lavagem de dinheiro. As medidas judiciais foram deferidas pelo Juízo da 5ª Vara Criminal de Londrina.

Houve o cumprimento de mandados de busca e apreensão em diversos municípios do país, sendo 5 em Goiânia: 3 de busca e apreensão e 2 de intimação, além de um ofício de notificação de medida cautelar contra empresa investigada. Também foram cumpridos mandados em Londrina-PR (12), Cambé-PR (2), Brasília-DF (1), Itapema-SC (4) e Balneário Camboriú-SC (1), além de três mandados de prisão e 14 de imposição de medidas cautelares diversas da prisão. Também apoiaram a operação os Gaecos do Distrito Federal e Santa Catarina e a Polícia Civil de Goiás

Com base na investigação, a Justiça determinou o bloqueio de sites de apostas e sistemas on-line de gestão de jogos ilegais hospedados no Brasil e no exterior, o bloqueio de páginas do Instagram e do YouTube, o sequestro e a restrição de circulação de 236 veículos automotores e o sequestro de 18 imóveis e de valores em dinheiro. O montante a ser bloqueado nas contas bancárias dos investigados chega a quase R$ 150 milhões.

O líder do esquema criminoso foi preso em 2011 na Operação Jogo Sujo II, do Gaeco, mas continuou operando jogos ilegais e ampliou o esquema criminoso, passando a atuar em todo o país. As apurações revelaram que a organização criminosa agia de maneira empresarial na exploração de jogos ilegais (jogo do bicho e similares) em diversos estados, como Paraná, Santa Catarina e Goiás.

Seus integrantes desenvolveram uma plataforma tecnológica para gestão e exploração dos jogos de azar, fornecida também a outros grupos criminosos de diversas regiões do país, mediante recebimento de percentual a título de comissão. Em uma das planilhas obtidas pelo Gaeco, constatou-se que em apenas um mês o esquema criminoso teve renda bruta de mais de R$ 40 milhões com o fornecimento do sistema para 81 adquirentes em diferentes regiões.

O dinheiro obtido com as práticas ilícitas era lavado por meio de três locadoras de veículos, possibilitando inclusive que outros criminosos (condenados por tráfico, receptação e furto) também se beneficiassem dessas empresas “lavando” dinheiro com a aquisição de veículos de luxo. Nesse esquema também eram utilizadas empresas de fachada em nome dos próprios investigados e de “laranjas”. A organização criminosa contava até mesmo com uma lotérica para a ocultação de valores ilícitos. Outro modo de dissimular os ganhos era a compra de imóveis de altíssimo padrão e de cotas de consórcio, bem como movimentações de dinheiro em espécie.


Apreensões realizadas em Santa Catarina

O líder do esquema criminoso e outros familiares investigados fugiram para os Estados Unidos no dia 17 de novembro de 2023, três dias após o Gaeco do Paraná deflagrar a Operação Engenho, que culminou com a prisão de ao menos dois integrantes da organização, responsáveis por controlar o setor de lavagem de dinheiro do grupo. Ao menos quatro investigados, todos pertencentes ao núcleo familiar do líder, seguem nos Estados Unidos.

A operação contou com o apoio da Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal – houve cumprimento de mandado de busca e apreensão contra um servidor da instituição.

(Texto: Assessoria de Comunicação do MPPR, com adaptações promovidas pela Assessoria de Comunicação do MPGO / Fotos: MPGO/MPPR/MPSC)