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Quadrilha das joias: “Fabio Wajngarten aderiu ao esquema criminoso”, diz PF

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Quadrilha das joias: “Fabio Wajngarten aderiu ao esquema criminoso”, diz PF

PF obteve evidências da ação do advogado e ex-secretário de Comunicação Social de Bolsonaro, na ocultação de presentes como o “Kit Ouro Branco” e também o “Kit Ouro Rosê” negociado em leilão numa loja dos EUA

Site do PT

Wanjgarten: mais um integrante da organização criminosa desmascarado pela PF

A Polícia Federal desmascarou mais um integrante da organização criminosa chefiada por Jair Bolsonaro para desvio e venda de joias sauditas, presenteadas ao Estado brasileiro durante sua presidência. A Polícia Federal (PF) obteve evidências da ação de Fábio Wanjgarten, advogado e ex-secretário de Comunicação Social do ex-presidente, na ocultação de presentes como o “Kit Ouro Branco” e também o “Kit Ouro Rosê” negociado em leilão numa loja dos Estados Unidos, como também na sua reintrodução em território nacional.

“Fabio Wajngarten aderiu ao esquema criminoso, praticando atos executórios, dentro da divisão de tarefas estabelecidas pelos investigados, para recuperar as joias do denominado “Kit Ouro Rosê”, com a finalidade de trazê-las para o Brasil, ocultando a localização e movimentação das joias, assim como, escamotear os proventos auferidos por Jair Bolsonaro com a negociação dos demais itens desviados do acervo público”, diz trecho do relatório da PF.

Toda a documentação contra Wanjgarten foi enviada pela PF ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e incluiu também que os atos praticados por ele “não guardam qualquer relação com as prerrogativas da advocacia, essencial no exercício do direito de defesa de qualquer investigado”, destacou a PF no relatório.

Encontro com a Justiça está chegando

“A última do inelegível é a procuração para roubar que ele deu ao Fábio Wajngarten, ex-ministro e ex-advogado pessoal, descoberta pela PF no inquérito das joias. E o documento autorizava até o transporte internacional da muamba, o que reforça ainda mais as provas contra Bolsonaro na investigação do contrabando de patrimônio público vendido no exterior”, disparou a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann em seu perfil na rede social X. Ao criticar o “chororô de perseguição”, as mentiras e o fingimento de Bolsonaro e sua turma, Gleisi mandou um recado ao ex-presidente.

“Seu encontro com a Justiça, para pagar pelos crimes contra o país, está chegando, Bolsonaro. Pra você e sua turma de golpistas”, concluiu a presidenta do PT.

 

Bolsonaro acessou link de leilão de joias

Bolsonaro e mais 11 de sua equipe, entre eles o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid e outro advogado, Frederick Wassef, são alvos de investigação por desvio de presentes doados pela Arábia Saudita e foram indiciados pela PF, em julho de 2024, no inquérito das joias. As joias dos kits de ouro rosé e branco, relógios das Rolex e Pathek Phelipe e outros itens tiveram valor estimado em R$ 6,8 milhões.

Todo o esquema foi descoberto a partir de mensagens encontradas pela PF no celular de Bolsonaro, trocadas com seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, dia 4 de fevereiro de 2023. Cid enviou um link com a disponibilização de um kit Chopard, com caneta, relógio da marca Rolex, anel, abotoaduras e um rosário árabe, em um leilão nos Estados Unidos.

A PF também encontrou no celular do ex-presidente registros de navegação que mostram que ele abriu o link do leilão. Nos prints das conversas entre Bolsonaro e outros integrantes da quadrilha, anexados ao inquérito é possível ver que ex-presidente apagou várias mensagens, algo comum a quem quer eliminar vestígios de crimes.

“Atuação desgarrada do interesse público”

Dos cerca de nove mil itens presenteados a Bolsonaro, apenas 55 foram classificados como acervo público, o que demonstra, segundo a PF, uma “atuação desgarrada do interesse público”. Em 2016, o Tribunal de Contas da União (TCU) emitiu um acórdão definindo que todos os presentes recebidos seriam incorporados ao acervo público brasileiro, excetuando-se os itens de natureza personalíssima ou de consumo direto do presidente da República. Mas essa determinação não foi cumprida durante o governo Bolsonaro.

Da Redação, com site CNN