Vem Aí: Paixão Por Uma Estrela, uma viagem épica à Argentina
Vem Aí: Paixão Por Uma Estrela, uma viagem épica à Argentina
Gente boa do Blog, está previsto para ser lançado ainda no mês de janeiro de 2025, o livro:
“Paixão Por Uma Estrela, uma viagem épica à Argentina”, de autoria desse blogueiro, que será na verdade um relato de viagem à Argentina quando da decisão da final da taça Conmeboll Libertadores.
O livro conta a epopeia de uma viagem de carro, ônibus, avião, barco, Uber, a pé, passando por Uberlândia, Guarulhos, Porto Alegre, Montevideo, Colônia do Sacramento e Buenos Aires, mais de 6000 quilômetros foram percorridos, pelo quarteto animado, professor Mamede Leão, camarada Rômulo Rodrigues, Júnior Coruja e Ernesto Pedro.
”
“Aqui começa tudo, a viagem vai virar uma festa, aliás, uma aventura…”
“Saímos apressados com as malas nas costas, no ponto de táxi várias pessoas já esperavam, e R3 e Coruja que foram na frente, já haviam falado com um senhor que supostamente organizava a chegada dos táxis, quando chegou um e fomos pega-lo, veio já o segundo problema, o povo que também estava esperando por um táxi, chiou dizendo que estávamos furando a fila, tentei argumentar, dizendo que iríamos perder o ônibus e tínhamos um compromisso imperdível na Argentina, que era ver o Botafogo ser campeão da América, um homem de uns 40 anos de idade, vestindo bermuda jeans que mais parecia o “Riquinho” do desenho resmungou, “pelo o menos se fosse um time que prestasse,,,”
Um senhor, de uns 70 anos, com uma senhora do lado que lembrava a Dercy Gonçalves, bradou logo, se for assim, ele iria reclamar, porque tinha preferência por lei, uma senhora, que parecia a Barbie, só que murcha, ou com uns 170 anos de idade disse que não aceitava também, palavrões voaram pra todo lado e enfim, tivemos que esperar nossa vez, o destino foi mesmo o fim da fila, quando entramos no táxi, por sinal, um motorista nota 10, já disse que eram 15 minutos até a rodoviária, se dermos sorte, disse a ele, a sorte está conosco, mas você, pode ajudar fazendo esse carro voar, ele disse que era com ele mesmo e pisou, meu Deus do céu, eu não sabia até então que gaúcho levava o palavreado tão a sério, ele chegou a marcar 142 km por hora, cortou pela esquerda, pela direita, furou sinal, buzinou, falou palavrão e ainda, soltou essa, esse carro é zero km, nunca havia passado dos 80km por hora, é o teste drive. Bingo!
Aliás, gol, entrouuuuuuu, lembrei do José Carlos de Araújo, o verdadeiro garotinho gritando gol do Botafogo e dizendo bota, bota fogo nisso, que alegria, sinceramente temos no Brasil muitos narradores de futebol que são excelentes, o Luíz Penido também é excelente, atualmente temos o Bruno Cantarelli que coloca emoção demais nas jogadas e nos gols do Botafogo, Cantarelli que tem sobrenome de um ex-goleiro do Flamengo que pegava muito e eu, ainda na infância, desejava que ele frangasse, mas não, o cara sempre segurava tudo, nem se fala.
Aqui tem um detalhe, da diferença de se narrar jogos de futebol pelo rádio e pela televisão, como hoje se unificaram as transmissões, temos ao mesmo tempo ouvintes e teleouvintes, assim, são narrações bem diferentes, as vezes a gente assiste e ouve o mesmo jogo, no rádio é aquela alegria e emoção, já na Tv, aquele marasmo e o jogo é o mesmo. Se José Carlos de Araújo e Luiz Penido são os maiorais no rádio, é inegável que o Galvão Bueno “haja coração” e “Vai nessa que é sua Taffarel” e “Olha o gol, olha o gol, olha o gol” está muito à frente dos demais, e é um dos melhores do mundo, porém, o Luciano do Valle “Golaço-aço” era excelente também, o Silvio Luís, “Olho no lance” com suas sacadas era ótimo e o Luís Roberto “Sabe de quem”, nos leva muita alegria e emoção, e não podemos esquecer do “Cruel, cruel, muito cruel” do Januário de Oliveira e também de “Está lá um corpo estendido no chão”. Jogos de futebol com narradores que colocam o coração na ponta da chuteira nos fazem ficar mais ainda apaixonados pelo nosso time.
Chegamos na rodoviária exatamente as 21:05 h, estava lá o ônibus da empresa EGA, com destino a Montevideo nos esperando, agora era só encontrar o guichê, emitir os tickets de passagem, embarcar e correr pra vitória, um misto de alegria e satisfação tomou conta de nós, chegamos eufóricos, gritando, berrando, se abraçando, após um stress, e o medo em perder o ônibus e todas as consequências que viriam, conseguimos chegar a tempo, a corrida custou 70 reais, paguei em dinheiro vivo e devolvi os 30 do troco ao motorista e disse a ele, toma umas Haineks com eles, você merece e muito obrigado.”