PGR defende prisão preventiva de Braga Netto para garantir a ordem pública
PGR defende prisão preventiva de Braga Netto para garantir a ordem pública
De acordo com o procurador-geral da República (PGR) Paulo Gonet, prisão preventiva visa garantir a ordem pública e aplicação da lei penal
Publicado pelo Portal Vermelho
Na última terça-feira (12), o procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, afirmou que a prisão preventiva do general Walter Braga Netto é necessária para garantir a ordem pública e evitar interferências nas investigações. Segundo Gonet, é “uma medida extrema e de último ratio”, usada apenas quando não há alternativas cautelares viáveis.
Leia também: General Braga Netto é preso pela PF por tentativa de golpe de Estado
Segundo a PGR, existem “provas suficientes de autoria e materialidade dos crimes graves cometidos” por Braga Netto e a prisão preventiva “está fundamentada em elementos que demonstram risco concreto à ordem pública e à aplicação da lei penal, que indicam que as medidas cautelares diversas da prisão não se revelam suficientes”.
Moraes determina prisão
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a prisão preventiva do general Walter Braga Netto, após a Polícia Federal (PF) apresentar “provas robustas” de sua participação no planejamento e execução de um golpe de Estado em 2022 Segundo as investigações, o plano visava prender ou até matar Moraes, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), eleitos naquele ano.
Leia também: STF rejeita recurso de Bolsonaro para afastar Moraes do inquérito do golpe
Segundo Moraes, o golpe não se concretizou devido a “circunstâncias alheias às vontades” dos conspiradores. Ele ainda acusou Braga Netto de obstruir “obstruir “as investigações em curso, por meio de obtenção ilícita de dados de colaboração premiada”. A decisão de prisão preventiva foi cumprida neste sábado (14), após o retorno do general de uma viagem familiar.
Braga Netto preso
O general foi preso em Copacabana, no Rio de Janeiro, após retornar de Alagoas. A PF aguardou seu retorno para evitar constrangimento público diante de seus familiares. Braga Netto retornou da viagem na noite dessa sexta-feira (13) e como as buscas só podem ser feitas durante o dia, a operação foi deflagrada neste sábado.
Braga Netto é indicado pela PF por participação em dois núcleos golpistas: o Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado e o Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas. Ele teria escolhido alvos para ataques pessoais contra militares que opunham ao golpe e incitavam o apoio de outros setores.
Além disso, com base na delação do tenente-coronel Mauro Cid, Braga Netto teria financiado ações ilícitas, entregando dinheiro em uma sacola de vinho, comprovando sua participação direta no esquema.
__
com agências