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Ouvidor das polícias de SP pede que Tarcísio seja investigado por “política de morte”

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Ouvidor das polícias de SP pede que Tarcísio seja investigado por “política de morte”

“Não há uma região de São Paulo hoje em que as mortes decorrentes de intervenção policial não tenham aumentado. O governador tem grande responsabilidade nisso”, afirmou Claudio Aparecido da Silva, ao portal UOL

Reprodução/Internet

Cena de PM arremessando homem de ponte é uma das várias que refletem a “política de morte” de Tarcísio

O ouvidor das polícias de São Paulo, Claudio Aparecido da Silva, classificou como “uma política de morte” a estratégia de segurança pública implementada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). De acordo com Silva, em entrevista publicada pelo portal UOL no domingo (8), a Ouvidoria encaminhou pedido ao procurador-geral de Justiça do estado para que o bolsonarista seja investigado.

“Eu atribuo a responsabilidade por esse comportamento da polícia ao secretário de Segurança Pública e também ao governador, que tem sido condescendente com o secretário na implementação dessa política de morte no nosso estado. Não há uma região de São Paulo hoje em que as mortes decorrentes de intervenção policial não tenham aumentado. O governador tem grande responsabilidade nisso”, apontou o ouvidor.

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Silva também acusa Tarcísio e seu secretário de Segurança, o deputado federal Guilherme Derrite (PL-SP), de serem covardes. “Acho, inclusive, uma covardia ficar dois anos orientando a tropa a ser dura, a ser violenta, a agredir as pessoas e, depois, simplesmente dizer que eles terão punição exemplar pela violência que praticaram”, criticou.

A insustentabilidade de Derrite no cargo

O deputado federal Alencar Santana (PT-SP) publicou, nas redes sociais, uma outra entrevista concedida pelo ouvidor das polícias de São Paulo, dessa vez, à jornalista Patrícia Poeta (assista abaixo). Por meio do X, o petista exigiu a demissão de Derrite do cargo.

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“O governador Tarcísio de Freitas é o principal responsável por essa violência da PM-SP e precisa não apenas demitir o secretário de Segurança Pública, mas também reformular toda a orientação e a formação dos agentes no estado de São Paulo. A polícia existe para proteger a sociedade, não para cometer crimes e promover violência”, condenou Alencar.

 

Também no X, o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP) disse ter protocolado pedido de convocação para que o secretário de Segurança Pública preste esclarecimentos à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

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“É necessário que o governador Tarcísio responda sobre o aumento da letalidade policial. Segundo levantamento do UOL com base em dados da SSP (Secretaria de Segurança Pública), de janeiro a outubro de 2024, policiais militares de São Paulo mataram uma pessoa a cada 10 horas”, lamentou Suplicy.

 

Uso obrigatório de câmeras corporais

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta segunda-feira (9), a obrigatoriedade do uso de câmeras corporais por policiais militares durante operações no estado de São Paulo. A decisão de Barroso atende a pedido da Defensoria Pública.

O ministro do STF defendeu “o modelo atual de gravação ininterrupta, sob pena de violação à vedação constitucional ao retrocesso e o descumprimento do dever estatal de proteção de direitos fundamentais, em especial o direito à vida”.

Em 2022, antes mesmo de ser eleito governador, Tarcísio já mirava o uso do recurso tecnológico pelos PMs. “Para a polícia, é uma situação de desvantagem em relação ao bandido”, bradou, à época.

Da Redação, com informações do UOL