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Pior enchente do século mata 150 na Espanha e deixa rastro de destruição

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Pior enchente do século mata 150 na Espanha e deixa rastro de destruição

 

A estimativa de mortos deve aumentar devido ao grande número de desaparecidos, segundo as autoridades locais. O governo espanhol decretou três dias de luto.

 

Pelo menos 150 pessoas morreram na inundação mais agressiva a atingir a Espanha em três décadas, depois que chuvas torrenciais caíram na região leste de Valência, varrendo pontes e prédios, disseram autoridades locais nesta quarta (30).

Considerada a pior inundação do século, a estimativa de mortos deve aumentar devido ao grande número de desaparecidos, segundo as autoridades locais. Diante da tragédia, o governo espanhol decretou três dias de luto.

Meteorologistas disseram que a chuva de um ano caiu em oito horas em partes de Valência na terça (29), causando engavetamentos em rodovias e submergindo terras agrícolas em uma região que produz dois terços das frutas cítricas cultivadas na Espanha, uma das principais exportadoras globais.

As chuvas, acompanhadas de fortes ventos e tornados, foram causadas por um fenômeno meteorológico conhecido como Depressão Isolada de Alto Nível (Dana) que afetou uma grande área do sul e leste do território espanhol.

O fenômeno acontece quando o ar frio desce sobre as águas quentes do Mar Mediterrâneo. Em alguns lugares, caíram até 445,4 litros de chuva por metro quadrado.

O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, liderou uma reunião do comitê de crise para monitorar os efeitos da tempestade, enquanto o rei Felipe VI realizou uma videoconferência com a Unidade Militar de Emergência para obter atualizações sobre a situação.

O governo assegurou a destinação de “todos os recursos necessários” da Espanha e da União Europeia para a reconstrução das áreas afetadas. Sánchez também deve visitar Valência na quinta-feira para acompanhar as operações. Na próxima terça, o Conselho de Ministros deve aprovar a declaração de uma área gravemente afetada por emergência de proteção civil — anteriormente chamada de zona de catástrofe — para as regiões atingidas.

Imagens feitas por serviços de emergência de um helicóptero mostraram pontes que desabaram e carros e caminhões empilhados uns sobre os outros em rodovias entre campos inundados fora da cidade de Valência.

Trens para as cidades de Madri e Barcelona foram cancelados devido às enchentes, e escolas e outros serviços essenciais foram suspensos nas áreas mais atingidas, disseram autoridades.

A empresa de energia i-DE, de propriedade da maior concessionária de serviços públicos da Europa, a Iberdrola, disse que cerca de 150.000 clientes em Valência não tinham eletricidade.

Os serviços de emergência na região pediram aos cidadãos que evitassem todas as viagens rodoviárias e seguissem mais orientações oficiais, e uma unidade militar especializada em operações de resgate foi enviada a alguns lugares para ajudar os trabalhadores de emergência locais.

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