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De virada, Noman derrota bolsonarismo e é reeleito prefeito de BH

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De virada, Noman derrota bolsonarismo e é reeleito prefeito de BH

 

Com 100% das urnas apuradas, Noman teve 670.574 votos (o equivalente a 53,73% dos válidos)

 

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), arrancou uma contundente reeleição neste domingo (27), ao derrotar o candidato bolsonarista Bruno Engler (PL) no segundo turno. Com 100% das urnas apuradas, Noman teve 670.574 votos (o equivalente a 53,73% dos válidos).

“O trabalho venceu! Agradeço imensamente a todos que acreditaram, caminharam junto e depositaram sua confiança em nós”, registrou o prefeito em suas redes sociais. “Vamos trabalhar mais quatro anos para fazer de BH uma cidade melhor para todos! Vamos juntos, sempre em frente!”

Engler – que teve 577.537 votos (46,27%) – perdeu a disputa à prefeitura pela segunda eleição seguida. Há quatro anos, nas eleições 2020, ele foi batido pelo então prefeito Alexandre Kalil, de quem Noman era vice. Como Kalil renunciou ao cargo para concorrer ao governo do estado, Noman herdou o posto em 2022,

No primeiro turno, Engler saiu na dianteira, com 435.853 votos totais (34,38% dos válidos), contra 336.442 (26,54%) de Noman. A abstenção já havia sido elevada – quase 30% dos eleitores não foram votar em 6 de outubro. Já neste segundo turno, a abstenção, de 31,95%, permaneceu elevada. Nada menos que 636.752 eleitores se ausentaram.

Para vencer, Noman herdou votos de seus adversários. Duda Salabert (PDT) e Rogerio Correia (PT), que disputaram o primeiro turno como representantes da esquerda, lhe declararam apoio. Já Mauro Tramonte (Republicanos) e Gabriel Azevedo (MDB), mais próximos de Engler, se omitiram, o que favoreceu a virada. Pesquisas apontaram que Noman herdou a maioria dos eleitores dos dois candidatos.

O PCdoB foi um dos poucos partidos que se posicionaram. Segundo o comitê municipal, “lideranças políticas da extrema direita” não têm “propostas para valorizar o trabalho, fortalecer a saúde, a educação e a cultura. Elas negam a ciência e a democracia, como vimos nos últimos anos”.

Por isso, o Partido orientou sua militância a “ir às ruas e às redes para dizer NÃO à extrema direita, autoritária, neofascista, machista, racista e homofóbica”. O voto em Fuad, conforme o PCdoB, “é pela democracia e pela construção de uma BH que não permitirá retrocessos políticos, econômicos, sociais e ambientais”, por “uma cidade mais inclusiva, com participação popular e livre de qualquer extremismo”.

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