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Com 60%, Paes pode impor derrota histórica ao bolsonarismo no Rio

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Com 60%, Paes pode impor derrota histórica ao bolsonarismo no Rio

 

Em pouco mais de um mês, Paes passou de 49% para 60% das intenções de voto. Já Alexandre Ramagem, o candidato bolsonarista escolhido a dedo pelo próprio ex-presidente, caiu de 13% para 9%.

 

Lula e Paes. Foto: reprodução

A maior aposta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições municipais de 2024 caminha para se tornar um fiasco sem precedentes. Nova rodada da pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (28), mostra que, se o pleito fosse hoje, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), seria reeleito ainda no primeiro turno – e com uma votação consagradora.

Em pouco mais de um mês, Paes passou de 49% para 60% das intenções de voto. Já Alexandre Ramagem (PL), o candidato bolsonarista escolhido a dedo pelo próprio ex-presidente, caiu de 13% para 9%.

A diferença entre eles – que era de 36 pontos percentuais em 24 de julho – foi agora a 51 pontos. Longe da liderança, Ramagem agora está em empate técnico com Tarcísio Motta (PSOL), que tem 5% – a margem de erro é de três pontos percentuais.

Nessa pesquisa estimulada, ainda foram citados Cyro Garcia (PSTU, 3%), Rodrigo Amorim (União Brasil, 1%), Marcelo Queiroz (PP, 1%), Juliete Pantoja (Unidade Popular, 1%), Carol Sponza (Novo, 1%) e Henrique Simonard (PCO, 0%). Ainda há 13% de eleitoras que declaram voto em branco, nulo ou em nenhum candidato, além de 6% de indecisos.

Esta pode ser a terceira vez em que a eleição para prefeito da capital fluminense é decidida num único turno. Das outras vezes, embora também se tratasse de reeleição, não havia uma vantagem tão expressiva do primeiro para o segundo colocado.

Em 2004, César Maia foi reeleito ao derrotar Marcelo Crivela no primeiro turno por 50,11% a 21,83%. Já em 2012, Paes conquistou o segundo de seus três mandatos na prefeitura carioca, ao marcar 64,60% contra 28,15% de Marcelo Freixo.

O atual prefeito tem o apoio do presidente Lula e da esquerda, o que torna a disputa com Ramagem mais simbólica. O Rio é o berço político de Bolsonaro, que se elegeu vereador na cidade em 1988, dando início à sua trajetória política. Com base na capital, ele também foi eleito deputado federal por sete vezes seguidas, entre 1990 e 2014.

Em todo o estado, o PT de Lula conta com dois prefeitos – Fabiano Horta, de Maricá, e Fernanda Ontiveros, de Japeri. Lula também tem aliados à frente das estratégicas prefeituras de Niterói, com Axel Grael (PDT), e Belford Roxo, com Waguinho.

Mas, para todos os efeitos, o grande trunfo do presidente é manutenção da capital sob influência do campo progressista. Com 6.211.223 habitantes, a capital responde por quase 40% da população do estado. O crescimento consistente de Paes na pesquisa, somado ao desgaste do governador bolsonarista Cláudio Castro (PL) – o segundo mais rejeitado do País –, aponta para boas perspectivas no segundo maior colégio eleitoral brasileiro.

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