O Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Universidade Estadual de Goiás (Nepe|UEG), por meio do Centro de Estudos sobre Trabalho, Territórios e Desenvolvimento (CeTTeD), apresentou, na última semana, os resultados da pesquisa mensal da cesta básica de alimentos de Anápolis. Os números revelam queda de 12,05% na variação do valor total da cesta básica entre os meses de junho e julho.

A cesta básica de alimentos em Anápolis custou R$ 813,32, em junho, representando 62,27% do salário mínimo líquido e correspondendo a 126 horas e 43 minutos de trabalho para a sua aquisição. Em julho, o valor da cesta básica foi de R$ 715,31 – uma queda de 12,05% –, comprometendo 54,77% do salário mínimo líquido, totalizando 111 horas e 27 minutos de trabalho.

Os itens da cesta básica que apresentaram aumento no preço foram o feijão, o sal, o óleo, o café, a manteiga e o pão francês. Já a carne bovina, o arroz, o açúcar, a farinha de mandioca, o macarrão, o leite, a batata, o tomate, a banana e os ovos tiveram seus preços reduzidos no período estudado.

As maiores variações foram encontradas no tomate, que apresentou redução de 61,78%, e na farinha de mandioca, que ficou 33,48% mais barata. O sal teve o maior aumento, ficando 20,62% mais caro.

Com base nos valores da cesta básica de Anápolis e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Nepe|CeTTeD|UEG estimou o valor do salário mínimo necessário. Em junho de 2024, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 10.209,04 ou 7,23 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.412,00. Em julho, o valor necessário é de R$ 8.978,79 e correspondeu a 6,36 vezes o piso mínimo.

Leia aqui o relatório completo.

O Nepe|CeTTeD|UEG dispõe mensalmente à comunidade anapolina as informações sobre inflação e salário mínimo necessário à satisfação das necessidades das famílias, acompanhando a evolução dos preços dos alimentos da cesta básica no município.

Matéria publicada originalmente no site da UEG