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Rebeca se torna a maior medalhista olímpica entre as mulheres

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Rebeca se torna a maior medalhista olímpica entre as mulheres

 

Além da prata na final do salto, o oitavo dia de competições rendeu um bronze por equipe no judô. No futebol feminino, as meninas se classificaram ao baterem o time da casa

 

Foto: Pascal Le Segretain/ Getty Images

O oitavo dia de Jogos Olímpicos de Paris consagrou a ginasta Rebeca Andrade como a maior medalhista brasileira de todos os tempos entre as mulheres e empatada no geral com os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael. Neste sábado (3), Rebeca conquistou medalha de prata na final do salto da ginástica artística, na Arena Bercy.

O ouro ficou com a norte-americana Simone Biles. As duas ginastas conseguiram cravar os dois saltos, obtendo as maiores médias na pontuação da modalidade. Biles ficou com 15.300 pontos, e Rebeca, com 14.966.

O primeiro salto da brasileira foi o Cheng, que consiste em uma entrada de rodante, seguido de meia-volta e pirueta no ar. Rebeca cravou o salto, recebendo 15.100 pontos.

O segundo salto da brasileira foi o Amanar, conhecido também como Yurchenko com dupla pirueta e meia. Novamente bem executado, ele resultou em uma boa pontuação para Rebeca: 14.833. Com isso, a brasileira obteve uma pontuação média de 14.966 pontos, o que rendeu a prata – sua quinta medalha olímpica. Rebeca é a maior medalhista olímpica brasileira.

O ouro foi para aquela que é apontada como a maior ginasta de todos os tempos: Simone Biles. A norte-americana mostrou a que veio já no primeira apresentação, ao executar um salto que leva seu nome, o Biles II, executado apenas por ela, entre as mulheres, e por muito poucos ginastas masculinos.

A entrada de costas seguida de mortal duplo é considerada o elemento mais difícil da ginástica feminina. O salto resultou no melhor resultado, entre todas apresentações: 15.700 pontos.

No segundo salto, Biles cravou novamente, executando o movimento Cheng, com entrada rodante seguida de meia-volta e pirueta e meia. Ele rendeu à ginasta 14.900 pontos. Com isso, a norte-americana obteve uma média de 15.300 pontos.

Rebeca e Biles se enfrentarão também nas finais da trave e do solo, na segunda-feira (5).

A medalha de bronze foi para outra atleta dos Estados Unidos: Jade Careu, que obteve, ao final, 14.466 pontos na média, após pontuar 14.733 no primeiro salto – também um Cheng –, e 14.200 no segundo salto, um Flick, que consiste em uma rotação completa do corpo ao redor de um eixo horizontal.

Rebeca Andrade (ginástica artística) – 5 medalhas até o momento

  • Ouro no salto em Tóquio 2020 🥇
  • Prata no individual geral em Tóquio 2020🥈
  • Prata no individual geral em Paris 2024 🥈
  • Prata no salto em Paris 2024 🥈
  • Bronze por equipes em Paris 2024 🥉

Com o novo pódio, ela chegou a cinco, no total, e deixou para trás Serginho, do vôlei, o nadador Gustavo Borges e Isaquias Queiroz, da Canoagem, com quatro.

Agora, Rebeca está empatada com Robert Scheidt, da vela, que conquistou dois ouros, em 1996 e 2004, duas pratas, em 2000 e 2008 e um bronze, em 2012, Torben Grael, também da vela, com dois ouros (1996, 2004), uma prata (1984) e dois bronzes (1988, 2000).

Rebeca Andrade, que chegou a Paris com duas medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, ainda pode se isolar na liderança dos maiores medalhistas brasileiros da história dos Jogos Olímpicos. A ginasta de 25 anos ainda disputa as finais da trave e do solo na Olimpíada de Paris.

 

Judo brasileiro conquista mais uma medalha

O Brasil conquistou mais uma medalha no judô dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Na Arena Campo de Marte, os brasileiros bateram a Itália por 4 a 3 para conquistar o bronze na disputa por equipes mistas.

Na campanha do terceiro lugar, o Time Brasil venceu o Cazaquistão na estreia (4 a 2), perdeu para a Alemanha (3 a 4) e derrotou a Sérvia (4 a 1) na repescagem.

Na primeira luta da final, na categoria até 90kg masculino, Rafael Macedo aplicou um Ippon no italiano Christian Parlati, faltando 14 segundos para o fim do combate, e deixou o Brasil na frente.

Na sequência, Beatriz Souza, medalhista de ouro no individual da categoria até 78kg feminino, confirmou o favoritismo e derrotou Asya Tavano com uma imobilização, ampliando a vantagem brasileira.

No terceiro duelo, a Itália diminuiu após Gennaro Pirelli derrotar Leonardo Gonçalves no 90kg masculino. O judoca italiano venceu no golden score após aplicar um Waza-ari.

Rafaela Silva voltou a deixar o Brasil tranquilo no placar ao bater Veronica Toniolo na categoria até 57kg feminino. A brasileira conseguiu um Waza-ari e imobilizou a adversária para vencer, 3 a 1.

Depois, a Itália voltou a diminuir a vantagem. O medalhista de prata Willian Lima, perdeu no golden score para Manuel Lombardo ao sofrer um Ippon.

O Brasil teve a chance de fechar o placar com Ketleyn Quadros, na categoria até 70kg feminino. No começo do combate, a judoca imobilizou Savita Russo para realizar um Waza-ari e ficar em vantagem.

Faltando 20 segundos para o fim da luta, a italiana conseguiu um Ippon e empatou a disputa, 3 a 3.

No judô por equipes mistas, em caso de empate, o último combate é definido em sorteio. Rafaela Silva foi a escolhida para o duelo.

A experiente judoca brasileira derrotou novamente Veronica Toniolo com apenas 14 segundos de luta ao aplicar um Waza-ari, e garantiu o pódio para o Brasil.

No futebol feminina, uma classificação heroica

A seleção feminina se garantiu nas semifinais do torneio de futebol feminino dos Jogos Olímpicos de Paris (França) após derrotar as donas da casa por 1 a 0, neste sábado no estádio La Beaujoire, em Nantes.

Com este resultado o Brasil quebrou um retrospecto incômodo, pois derrotou a França pela primeira vez na história. Até então haviam sido realizados onze jogos entre as equipes, com sete vitórias das europeias e quatro empates.

Agora, para buscar uma vaga na grande decisão, o Brasil terá pela frente outro grande desafio, a Espanha, atual campeã do mundo de futebol feminino e equipe que derrotou a seleção brasileira por 2 a 0 na última quinta-feira (31) em confronto válido pela última rodada da fase de grupos do torneio olímpico.

As espanholas conquistaram a vaga nas semifinais com um triunfo de 4 a 2 na disputa de pênaltis sobre a Colômbia após igualdade por 2 a 2 nos 90 minutos. A partida das semifinais será disputada na próxima terça (6), a partir das 16h (horário de Brasília), no estádio Velódrome, em Marselha.

A partida começou com claro domínio francês, que se valeu da melhor qualidade técnica para criar as melhores oportunidades antes do intervalo. A mais clara surgiu logo aos 15 minutos, quando Lorena defendeu pênalti cobrado por Karchaoui, após a árbitra marcar a penalidade máxima aos 11 minutos quando Tarciane derrubou Cascarino dentro da área brasileira.

Este foi o segundo pênalti defendido por Lorena nos Jogos de Paris, o primeiro foi na derrota de 2 a 1 para o Japão pela segunda rodada da fase de grupos.

Além disso, a França conseguiu finalizar uma bola no travessão aos 39 minutos. Após cobrança de escanteio da lateral Bacha, a zagueira Mbock quase marcou. Já a equipe comandada pelo técnico Arthur Elias pouco conseguiu criar nos 45 minutos iniciais.

Na etapa final o panorama do confronto pouco mudou, mas o Brasil soube se segurar até encontrar uma oportunidade para superar a forte defesa das donas da casa. E essa oportunidade surgiu aos 36 minutos, quando Gabi Portilho recebeu bola em profundidade, aproveitou indefinição da defesa da França e avançou para apenas bater na saída da goleira Picaud.

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