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Pantanal já enfrenta os maiores focos de incêndio da história  

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Pantanal já enfrenta os maiores focos de incêndio da história

 

Neste domingo (23), foram detectados pelo Inpe 3.097 focos de incêndio. O número já supera tudo que foi queimado 2023

 

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou, neste domingo (23), 3.097 focos de incêndio no Pantanal. O número já supera tudo que foi queimado em 2023. A fumaça tem incomodado a população por causa da proximidade das cidades como Corumbá.

De acordo com o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a área queimada no bioma já chegou a 576,1 mil hectares, sendo 430,1 mil hectares em Mato Grosso do Sul e 145,8 mil, em Mato Grosso.

Em nota, o governo de Mato Grosso do Sul diz que o combate está sendo feito de diversas formas como o uso de aeronaves que estão retirando água do rio Paraguai e jogando diretamente nos incêndios florestais.

No combate direto ao fogo, o Corpo de Bombeiros usa de tecnologia que permite direcionar as equipes das mais diversas formas para os locais com detecção dos focos, além de auxiliar em uma atuação mais eficiente.

Leia mais: Incêndios devastadores no Pantanal desafiam autoridades ambientais

Neste sábado (22), as aeronaves do GOA (Grupamento de Operações Aéreas), do Corpo de Bombeiros e da CGPA (Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo), da Polícia Militar, atuaram na área conhecida como Bracinho, em frente ao Porto Geral de Corumbá.

O trabalho aéreo de combate ao fogo no Pantanal também contou com o apoio de dois helicópteros do CGPA, equipados com um balde automático, que faz a captação da água no rio ou em local próximo ao fogo.

“Tal equipamento é chamado ‘bambi bucket’ ou ‘helibalde’ e funciona com a capacidade de 820 litros, o mais moderno que tem no mercado. Ele é acionado eletronicamente, de dentro da aeronave, a partir de uma válvula que é acionada pelo piloto, que pode efetuar o disparo e dosar a quantidade de água que será lançada em cada ponto”, explica o tenente-coronel Fábio Gonçalves.

O fogo não descansa e, por isso, sequer à noite o trabalho contra ele cessa. Além disso, o trabalho do Corpo de Bombeiros no período noturno é tido como estratégico pela corporação, que aponta vantagens no combate aos incêndios florestais neste horário.

“No Pantanal o combate noturno é uma tática que usamos muito por causa das condições atmosféricas, já que ao meio-dia ou uma da tarde encontramos temperaturas de até 46°C e umidade relativa do ar com 13%, fora os ventos acima de 50 km/h. Isso dificulta muito o combate”, explica a diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, Tatiana Inoue.

Toda a atuação por terra, ar e rios em Corumbá e nas demais regiões com atuação dos bombeiros no Pantanal é coordenada pelo SCI (Sistema de Comando de Incidentes), em Campo Grande. Tal ferramenta está sob a estrutura do Governo do Estado.

“É complexo e muito importante, pois a coordenação é integrada com todas as forças de segurança, do Estado e também da União, que trabalham no combate”, explica o subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros e chefe das operações de combate a incêndios, coronel Adriano Rampazo.

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