“A Copa trouxe desenvolvimento para o Amazonas”, afirma dirigente
O amazonense Anderson Bahia, de 27 anos, recém eleito secretário nacional de Comunicação da União da Juventude Socialista (UJS) e atualmente morador da cidade de São Paulo, em conversa com o Portal Vermelho, dando sequência a série “Militância na Copa”, conta quais são suas expectativas para a Copa do Mundo no Brasil.
Anderson, de moleton vermelho (direita), assiste ao amistoso do Brasil com a militância, no espaço cultural da UJS.
O jovem afirma que a realização do mundial no Brasil já é por si só, um saldo do legado desse processo de desenvolvimento nacional vivido nos últimos 12 anos, que projeta e destaca o país na geopolítica mundial: “Conseguimos em certa medida dar passos mais velozes, em alguns aspectos que demandavam respostas. A ampliação e reestruturação dos aeroportos, para comportar milhares de novos brasileiros que passaram a viajar de avião, obras diversas de mobilidade urbana, a provocação gerada na iniciativa privada para aprimorar seus serviços e a ampliação de brasileiros investindo no aprendizado de outros idiomas são exemplos disso”.
Ele acredita que o legado só não será maior por conta da baixa capacidade dos governos estaduais e das prefeituras das cidades-sede em atuarem em parceria com o Governo Federal para aproveitar os recursos que receberam e investir em obras ainda maiores para melhorar a qualidade de vida nas cidades.
“Na minha cidade mesmo, Manaus, o prefeito Arthur Virgílio e o então governador Omar Aziz ‘assinaram o atestado de incompetência’ ao não executarem um centavo sequer de R$ 1,5 bilhão que receberam para investir em mobilidade urbana. Além disso, o acerto do governo Lula em levar a Copa para todas as regiões do país faz com que a aceleração do desenvolvimento chegue também a essas regiões. E, no caso de Manaus, cujo futebol profissional é de baixa tradição, há dados fantásticos que já estão sendo gerados. Houve um aumento do público acompanhando os jogos na Arena da Amazônia e isso aumenta a capacidade de arrecadação das equipes locais e, consequentemente, isso tem reflexo nas suas estruturações”, diz Anderson.
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Anderson conta como foi sua primeira experiência com o futebol: “Minha família toda é flamenguista, mas tive na infância, junto com meu irmão Marcus, uma experiência que me marcou profundamente, treinamos no América de Manaus e Jogamos no Estádio Vivaldo Lima, que foi demolido para que a Arena da Amazônia fosse construída. Meu coração também é América em função disso”.
Na Copa de 1994, ele, com apenas oito anos de idade, acompanhou todos os jogos. “Lembro que no primeiro jogo do Brasil, que foi com a Rússia, houve um bolão na casa da minha avó e os palpites eram de goleadas. Chutei 2 x0, que foi o resultado do jogo, mas não ganhei nada porque era criança e a aposta era em cerveja. Por isso, não pude participar. Mas na final, com o Brasil campeão, foi uma loucura próximo da minha casa. Um vizinho nosso atravessou um campo de areia de joelhos porque tinha feito essa promessa. Meu irmão perdeu uma bandeira enorme porque foi passar nos carros que circulavam pela rua e, num deles, alguém agarrou a bandeira e pediu para pisarem no acelerador. Ele, molecote, não teve força e teve que ver a bandeira tremulando no carro”.
Anderson Ainda não sabe se vai estar em São Paulo ou em Manaus durante os jogos: “Mas independente onde for, vou estar com a UJS torcendo e gritando muito pelo hexa”, conclui.
Portal Vermelho