Exército tira de postos de comando militares envolvidos com golpismo
Exército tira de postos de comando militares envolvidos com golpismo
Tentativa de golpe de Estado investigada pela Polícia Federal já prendeu ex-assessores de Bolsonaro e militares; Tenente-coronel exonerado de posto é o que desmaiou ao receber a PF
Publicado pelo Portal Vermelho Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O comandante do Exército, general Tomás Paiva, exonerou dois militares de postos de comando que são investigados pela Operação Tempus Veritatis (Hora da Verdade) da Polícia Federal (PF), são eles: o tenente-coronel Guilherme Marques de Almeida e o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima.
Ambos são apontados como participantes de um grupo que promovia ataques ao sistema eleitoral e de planejamento de um golpe de Estado organizado por Jair Bolsonaro.
Guilherme deixa o comando do 1º Batalhão de Operações Psicológicas do Exército em Goiânia. Ele ficou conhecido por desmaiar ao receber a PF em sua residência na busca e apreensão ordenada pela justiça na semana anterior.
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Hélio deixa o posto de comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais em Manaus.
As exonerações constam no Diário Oficial da União de quarta (14).
Presos e buscas
Com a Tempus Veritatis, a PF prendeu dois ex-assessores de Bolsonaro (Filipe Martins e Marcelo Câmara) e dois militares (o major do Exército Rafael Martins de Oliveira e o coronel do Exército Bernardo Romão Corrêa Neto), como também realizou 33 mandados de busca e apreensão que envolveram figuras como os generais Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, e Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), além, é claro, do próprio ex-presidente Jair Bolsonaro.