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Abin Paralela: General Heleno, ex-ministro de Bolsonaro, é convocado pela PF

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Abin Paralela: General Heleno, ex-ministro de Bolsonaro, é convocado pela PF

Ex-chefe do GSI de Bolsonaro, o general Augusto Heleno deve depor no próximo dia 6 na condição de investigado

Antonio Cruz/Agência Brasil

Investigações apontam que Bolsonaro e seus cúmplices usaram a Abin para espionar milhares de pessoas ilegalmente

Mais uma pessoa próxima a Jair Bolsonaro deverá dar explicações sobre a organização criminosa que, segundo a Polícia Federal, foi criada durante o governo anterior no interior da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A organização teria feito, também segundo a PF, a espionagem ilegal de dezenas de milhares de pessoas.

Depois de realizar operações de busca e apreensão mirando, entre outras pessoas, Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, e o deputado bolsonarista e ex-chefe da agência Alexandre Ramagem, a PF quer agora ouvir o general Augusto Heleno.

Heleno foi ministro do Gabinete de Segurança Institucional durante todo o governo Bolsonaro e, como tal, tinha a Abin subordinada a ele. Por isso, a PF convocou o general para depor na próxima terça-feira (6), em Brasília, na condição de investigado. O militar também é um dos suspeitos de instigar o golpe frustrado de 8 de janeiro.

 

“A casa está caindo! Sem anistia para ninguém!”, postou o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), após tomar conhecimento da convocação de Heleno, feita na terça-feira (30). Um pouco antes, o parlamentar havia repercutido informações da PF de que o total de monitoramentos ilegais feita pela Abin Paralela chega a 1,5 mil. “Cadeia neles!”, defendeu.

 

O deputado Rogério Correia (PT-MG) também comentou a convocação de Heleno na rede social X. “Vai ter que se explicar. Ex-ministro do GSI, pasta à qual a Abin era oficialmente subordinada, está na mira da PF e do STF, na esteira das operações contra o aparelho autoritário de Bolsonaro”, escreveu.

Também na terça-feira, o presidente Lula mudou o número 2 da Abin. Em decisão publicada no Diário Oficial da União, o cargo passa a ser ocupado pelo cientista político Marco Aurelio Chaves Cepik, que entra no lugar de Alessandro Moretti.

Da Redação