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TRABALHO ESCRAVO EM PROPRIEDADES RURAIS E URBANAS NO BRASIL. Por Júlio Paschoal

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TRABALHO ESCRAVO EM PROPRIEDADES RURAIS E URBANAS NO BRASIL.
Por; Júlio Paschoal
No país infelizmente ainda existem empresas e propriedades rurais, que insistem em manter trabalhadores, em condições análogas à escravidão.
No ano de 2023, até o mês de novembro o Ministério do Trabalho e Emprego, resgatou 2.847 trabalhadores, vivendo nessas condições. Foram autuados 516 estabelecimentos no perímetro urbano e na zona rural.
O montante pago em salários e recisões somaram 10,8 milhões de reais. Detalhe nenhum desses trabalhadores estavam nos assentamentos do MST, tão criticados por bolsonaristas aqui presentes.
Matéria do Jornal Opção datada de 26 de novembro do ano passado, mostra que Goiás, ocupa a 2° posição no ranking de trabalhadores encontrados nessas condições, em fazendas, indústrias de carvão e na construção civil.
Goiás fica atrás apenas de Minas Gerais, em 2022 segundo a matéria, foram lavrados 443 autos, tendo sido resgatados 271 trabalhadores. Desse total 90 foram lavrados no Município de Rio Verde e 53 em Cristalina, forças do agronegócio goiano.
O agronegócio é importante para o desenvolvimento de Goiás? Sim, mas a agricultura familiar também. No primeiro o uso de defensivos agrícolas, impede por um lado que as pragas destruam as plantações, mas por outro prejudicam a saúde de quem consome.
Os produtos provenientes da agricultura familiar, por sua vez não usam defensivos agrícolas, são produzidos de forma orgânica e não prejudicam a saúde de quem os consome.
Tanto o que extrai das grandes propriedades rurais, quanto das pequenas formam o agronegócio, porque são produzidos e negociados nos mercados.
A diferença está no respeito ao meio ambiente, as grandes lavouras fazem do desmatamento o meio para produzir e na maioria das vezes exportar, haja vista que são isentos de tributação, garantidos pela chamada lei kandir, sancionada em 1996, pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
A agricultura familiar onde não há trabalhadores vivendo em situação análoga à escravidão, foi criada pelo presidente Luís Inácio da Silva, em 2006, e não faz do desmatamento predatório, o meio para produzir, pelo contrário alimenta as famílias que dela vivem e comercializam o excedente.
Pode se dizer que todos os proprietários rurais e que se encontram no âmbito do agronegócio, tem trabalhadores em condições análogas à escravidão? Não, a grande maioria dos produtores rurais, são pessoas idôneas e empregam trabalhadores, respeitando as leis trabalhistas, mas infelizmente há outros que agem de maneira errada, razão das autuações realizadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Portanto as críticas que muitos fazem nesse espaço democrático, contra a esquerda não encontram ressonância na maioria da população, isso porque grande parte não conhece a fundo as questões que precisam ser vencidas no nosso país, dentre elas as desigualdades sociais e regionais.
As políticas públicas para conter esse avanço vem da esquerda, através de subsídios financeiros e/ou fiscais e não da direita como defendem os mais apaixonados.
E mais as críticas sem fundamento não ajudam na construção de um município, estado e país.
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