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2023 foi “espetacular” para o agronegócio, com abertura de 72 novos mercados

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2023 foi “espetacular” para o agronegócio, com abertura de 72 novos mercados

Informação foi dada a Lula pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, durante a live Conversa com o Presidente. Outras notícias excelentes vêm da economia, da indústria e do mercado de trabalho

Reprodução

Lula, no Conversa com o Presidente: boa relação com o mundo gera negócios e empregos no Brasil

Lula aproveitou a live Conversa com o Presidente desta terça-feira (5) para fazer, com alguns de seus ministros, um balanço deste primeiro ano de governo e contar para os brasileiros quais foram os principais resultados da viagem em que passou por Emirados Árabes (onde foi realizada a Cúpula do Clima da ONU — COP 28), Catar, Arábia Saudita e Alemanha, onde o presidente disse ter tido uma das reuniões mais proveitosas de todos os seus governos.

No bate-papo com os ministros, ficou claro que o Brasil avançou muito em setores fundamentais, como a preservação ambiental, a geração de emprego e renda, o fortalecimento da indústria e a expansão da agropecuária.

Sobre esse último setor, o ministro da Agricultura, Pesca e Abastecimento, Carlos Fávaro, definiu 2023 como um “ano espetacular” para o agronegócio nacional. “Graças à sua liderança, o Brasil retomou a boa diplomacia, os laços de amizade com o mundo, e isso gerou muitas oportunidades”, disse o ministro a Lula.

Fávaro informou que, até o momento, o governo Lula conseguiu abrir 72 novos mercados para a agropecuária brasileira. E citou como exemplos emblemáticos o início da venda de carne bovina e suína para o México, de algodão para o Egito e de carne de frango para Israel.

Preservação ambiental garante bons negócios

Fávaro, que foi vice-governador de Mato Grosso e é agropecuarista, destacou a importância de o Brasil se comprometer com a questão climática e a preservação das florestas, pois, hoje, nenhum país quer comprar produtos agrícolas que são fruto de desmatamento.

Por isso, o ministro disse apoiar a declaração de Lula na COP 28, quando o presidente criticou parlamentares que desejam derrubar o veto ao marco temporal. “Muitas vezes, algumas pessoas do agronegócio, talvez por maldade, talvez por desconhecimento, não compreendam a força do seu pronunciamento em relação à sustentabilidade e ao respeito pelo meio ambiente”, afirmou.

Ainda segundo o ministro, hoje, menos de 2% dos produtores insistem em cometer crimes ambientais. “Para esses, os rigores da lei. Para a imensa maioria, as oportunidades que o governo oferece”, defendeu.

Ao que Lula respondeu: “Todo verdadeiro produtor rural, que produz e faz negociação com o mundo inteiro, que quer exportar os seus produtos, sabe que o mundo está exigindo qualidade e muito cuidado na questão ambiental. O verdadeiro empresário do agronegócio sabe que ele tem que cuidar da sua imagem, da imagem dos seus produtos, se não, ele não vai vender os seus produtos e vai ter dificuldades”.

Para 2024, o Brasil continuará expandindo sua capacidade produtiva no campo, investindo no programa de transformação de pastagens degradadas em áreas cultiváveis. “Nosso programa vai permitir ao Brasil dobrar a sua produção e, consequentemente, dobrar sua geração de empregos e oportunidades. E com uma diferença: não sobre a floresta, mas sobre as pastagens degradadas e com uma velocidade muito maior do que já tivemos até agora”, garantiu Fávaro.

Cadastro Ambiental Rural

Também convidada para o programa, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, acrescentou que o governo Lula retomou o Cadastro Ambiental Rural, criado em 2012, mas abandonado pelos governos Temer e Bolsonaro. 

“Infelizmente, os governos anteriores não deram muito apoio. E sejam aqueles que querem regularização ambiental, sejam os agricultores que querem vender seus produtos no mundo todo, eles precisam desse cadastro. Nosso trabalho foi o de reestruturar esse sistema, para que a gente tenha uma grande capacidade de exportação, produção e reflorestamento”, informou.

A fala da ministra incentivou Lula a reforçar o convite para os produtores: “Se você for honesto, empresário de verdade, um produtor rural de verdade, você não tem que ter medo. É só se cadastrar e ganhar a liberdade de negociar onde você quiser. O que você não pode é destruir, é abrir a porteira para o gado passar, destruindo a floresta amazônica. Isso a gente não vai permitir”.

Árabes e alemães vão ampliar investimentos

Os demais ministros também trouxeram boas notícias relacionadas às suas áreas. À frente da Fazenda, Fernando Haddad celebrou o fato de que o Brasil vai crescer pelo menos 3% este ano, acima da médica mundial, e projetou um 2024 também positivo.

“Com o Congresso aprovando as medidas que estamos encaminhando, inclusive a reforma tributária, que vai ser a primeira feita em regime democrático e a mais ampla da nossa história, o brasileiro pode esperar uma economia cada vez mais forte”, assegurou.

Haddad ainda contou que, na viagem, importantes acordos foram fechados com Arábia Saudita e Alemanha. Enquanto os árabes querem atingir o patamar de US$ 10 bilhões em investimentos em projetos de infraestrutura no Brasil, a Alemanha quer ampliar sua presença na indústria brasileira.

“O Brasil detém um grande parque industrial de empresas alemãs. Mas, nos últimos anos, a Alemanha vem perdendo posições para outros países. Agora, o chanceler Olaf Scholz deixou claro: vai voltar uma onda de investimentos alemães no Brasil para gerar empregos, inclusive industriais”, revelou o ministro.

Outro interesse da Alemanha, segundo o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Elias Rosa, é o de comprar do Brasil hidrogênio verde, combustível não poluente que é uma das principais apostas em todo o mundo na área de transição energética. 

Emprego, crescimento e inovação

Outros ministros também celebraram os resultados que suas áreas estão alcançando neste fim de ano. Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) disse que o Brasil deve fechar o ano com a criação de aproximadamente 2 milhões de empregos formais e muitos avanços no combate ao trabalho escravo. Já no campo, Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) destacou a volta do apoio aos pequenos agricultores e o investimento de R$ 2,8 bilhões feitos em programas de aquisição de alimentos, incluindo o da merenda escolar.

Rui Costa (Casa Civil), por sua vez, afirmou que o Novo PAC está atraindo muitos investimentos estrangeiros em projetos de infraestrutura, transição energética e segurança alimentar. “É uma grande chance de empresas brasileiras fazerem parcerias com empresas e fundos árabes e europeus”.

Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação) anunciou uma parceria com o Vietnã para a recuperação da Ceitec, fábrica de chips no Rio Grande do Sul, que vai focar em dispositivos para a indústria automobilística e o setor energético.

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, garantiu que o banco vai continuar apoiando o desenvolvimento brasileiro e citou números impressionantes relativos a 2023: aumento de 63% no total de projetos aprovados, gerando um total de R$ 145 bilhões de crédito, ante apenas R$ 96 bilhões no ano passado.

Por fim, Márcio Macêdo (Secretaria Geral da Presidência) e Paulo Pimenta (Comunicação Social) celebraram avanços na consolidação da democracia. Macêdo disse que as conferências nacionais continuarão em 2024, para que os movimentos sociais continuem participando das decisões do governo. E Pimenta anunciou a assinatura de uma cooperação com a Alemanha no combate às fake news e discursos de ódio.

Da Redação