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Plebiscito: 97% são contra privatização da Sabesp, Metrô e CPTM

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Plebiscito: 97% são contra privatização da Sabesp, Metrô e CPTM

 

Apuração aponta que 897 mil pessoas participaram do “Plebiscito contra a privatização da Sabesp, Metrô e CPTM”. Quase a totalidade se mostrou contrária aos planos de Tarcísio

 

Foto: Sintaema

Na última quinta-feira (16), ato público na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), promovido por entidades sindicais e sociais levou o recado ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos): a população rejeita a privatização!

O protesto do lado de fora da Alesp durante a audiência pública que debateu a privatização da Sabesp foi marcado pela divulgação do resultado do “Plebiscito contra a privatização da Sabesp, Metrô e CPTM”.

A iniciativa coletou votos de, pelo menos, 897 mil pessoas em todo o estado de São Paulo entre 5 de setembro e 4 de outubro.

Leia também: “Sabesp é do povo”, conclama população na porta da Alesp

Conforme apontado por lideranças presentes, 97% dos votos mostraram contrariedade ao projeto privatista do governados Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Urnas do plebiscito. Foto: Sintaema

Enel de hoje é a Sabesp de amanhã

Durante a audiência pública, a secretária de Meio Ambiente, infraestrutura e Logística do governo de São Paulo, Natália Resende, apresentou dados e tentou justificar que a privatização da Sabesp, pelo Projeto de Lei 1.501/2023, será diferente de outras experiências pelo mundo que se mostraram fracassadas.

Foto: Sintaema

As falas de Resende foram prontamente rebatidas pelo presidente do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo), José Faggian, que lembrou que a experiência mundial da privatização do saneamento aponta para o aumento de tarifa e diminuição da qualidade do serviço.

Veja aqui por que EUA, França, Reino Unido e Alemanha reestatizaram os serviços de água e esgoto?

Em sua fala Faggian destacou que hoje o medo dos prefeitos e da população é de que a Sabesp se transforme em uma nova Enel.

“Eu tenho percorrido o estado e o que eu ouço de muitos prefeitos é que não se consegue falar com a Enel, eles não são recebidos pelo setor elétrico, que também é regulado pela ARSESP (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo). Isso demonstra que não há agencia reguladora que dê conta, pois não se cumprem os contratos” disse.

O presidente do Sintaema salientou que não há nada justificativa para a privatização de uma empresa que é patrimônio do povo paulista, que é eficiente, tem os serviços quase que universalizados e é parceira dos municípios.

“Não podemos permitir que a Sabesp vire uma nova Enel, porque a privatização da Sabesp não interessa ao povo paulista, ao povo pobre e periférico. A privatização só interessa a quem vai comprar ela, porque a empresa está pronta, porque vai oferecer lucros exorbitantes, porque está com os serviços quase universalizados. Se o setor privado quer fazer saneamento, de fato, que vá em outros lugares do Brasil que há necessidade de investimentos”, criticou.

Faggian na audiência pública. Foto Sintaema