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Metrô, CPTM e Sabesp fazem greve em São Paulo contra privatizações

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Metrô, CPTM e Sabesp fazem greve em São Paulo contra privatizações

 

Sindicatos aprovaram a greve em assembleia realizada nesta segunda (2). Trabalhadores protestam contra plano de privatização do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos)

 

Foto: Paulo Pinto/ Agência Brasil

Os trabalhadores do Metrô, CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo) realizam uma greve unificada de 24 horas, iniciada à 0h desta terça (3).

Os trabalhadores protestam contra os planos de privatização do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) das empresas públicas que operam o transporte sobre trilho e a água no estado de São Paulo. Eles denunciam que transferir o controle do poder público para a iniciativa privada deve encarecer tarifas e piorar a qualidade dos serviços.

Nesta segunda (3), os Metroviários, dos Ferroviários e o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema) aprovaram a paralisação em assembleia referendada pelas bases dos sindicatos.

Os trabalhadores reivindicam o cancelamento dos processos de privatização, terceirização e concessão do Metrô, CPTM e Sabesp. Os sindicatos também exigem que o governo do Estado de São Paulo realize um pebliscito oficial para consultar os paulistas sobre a privatização das três empresas.

Na estação Barra Funda, onde é possível embarcar em linhas de trem, ônibus e metrô, lideranças de movimentos que apoiam a greve se organizaram para traduzir à população da capital paulista o que significa a privatização e informar os motivos da greve. Somente pelo metrô da Barra Funda transitam, em média, cerca de 60 mil passageiros por hora, em momentos de pico.

“Não existe greve ilegal. Não é só por direitos, é por melhoria de serviços. Rico não trabalha, pobre trabalha. A pobreza enriquece o país e não tem o direito de circular no país”, discursou uma liderança popular ao microfone, em meio a alguns protestos de transeuntes que demonstraram irritação e incompreensão quanto à greve.

Decisão judicial

Em decisão na última sexta-feira (29), o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) proibiu a greve total dos trabalhadores do Metrô. Conforme determinação do desembargador Celso Ricardo Peel Furtado de Oliveira, deverá ser assegurada a circulação da frota de 100% dos trens nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 80% nos demais períodos, sob pena de multa de R$ 500 mil.

O tribunal proibiu ainda a liberação das catracas, solicitada pelos trabalhadores para não prejudicar a população. “A Justiça determinou a manutenção do transporte sobre trilhos em 100% nos horários de pico e 80% nos demais períodos, além de 85% do contingente da Sabesp, sob pena de multas diárias de até meio milhão de reais aos sindicatos. A gestão estadual aguarda que as categorias cumpram as decisões judiciais para que os direitos da população sejam preservados”, acrescentou o governo do estado, em nota.

Também houve determinação judicial para funcionamento da CPTM. A liminar estabelece que os trens devem operar com 100% do efetivo em horários de pico e 80% nos demais períodos.

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