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Marina diz que desastres como o do RS e AM vão se tornar mais comuns

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Marina diz que desastres como o do RS e AM vão se tornar mais comuns

 

Em Manaus, a prefeitura decretou situação de emergência no município em virtude da vazante do rio Negro, que atingiu a cota 16,11 metros

 

Comuniade do município de Tefé (Foto: Baltazar Ferreira/Secom)

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, diz que as secas nos rios do Amazonas, que já afetam a distribuição de água e de alimentos para cerca de 500 mil pessoas no estado, vão se tornar mais comuns nos próximos anos em decorrência das alterações climáticas.

Em Manaus, a prefeitura decretou situação de emergência no município em virtude da vazante do rio Negro, que atingiu a cota 16,11 metros. O decreto valerá por 90 dias.

“Infelizmente, essa vai ser a realidade do Brasil devido à mudança do clima. Os eventos no Amazonas e no Rio Grande do Sul estão potencializados por esse motivo”, disse a ministra.

Para ela, o governo não pode agir só no emergencial. “Precisamos elaborar um plano de prevenção. Estamos tratando estruturalmente dessa questão, junto aos ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional, das Cidades e da Ciência e Tecnologia. Isso não existe no mundo, o Brasil será pioneiro”, revelou.

O problema é grave por conta do transporte que é feito por via fluvial e a falta de chuvas deve fazer com que vários rios fiquem intransitáveis.

Leia mais: Governo Lula trata seca dos rios no Amazona e em Roraima como emergência

Até o momento, 13 cidades já declararam situação de emergência e a previsão é que, até o fim do próximo mês, 59 dos 62 municípios do estado estejam nessa situação.

“Nesses primeiros oito meses de governo, já conseguimos uma redução de desmatamento de 48% e uma redução de queimadas de 25% no estado do Amazonas”, destacou a ministra.

Marina diz que, nos municípios que mais desmatam, a pasta está fazendo um trabalho focado, com bioeconomia e realizando o processo de regularização fundiária.

“Onde é possível fazer essa regularização, e incentivando o aumento de produção por ganho de produtividade e não mais por expansão predatória da fronteira agrícola”, afirmou.

Ajuda humanitária

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, afirmou que a prioridade no Amazonas, no momento, é a ajuda humanitária.

“Estabelecemos uma força-tarefa que vai contar com dezenas de ministérios e, junto ao governo do estado do Amazonas e as prefeituras, vamos entregar alimento, água, kits de higiene, itens de saúde e tudo o que está relacionado à sobrevivência das pessoas”, disse o ministro.

Góes explicou que a Força Aérea Brasileira e a Marinha do Brasil irão apoiar toda a logística para a entrega dos mantimentos.

“Seguimos rigorosamente a legislação para liberar recursos para atender os municípios afetados. Aqui a gente trabalha em tempo real, sábado, domingo, feriado. O que for preciso fazer em termos de recursos e apoio ao governo do estado para apoiar a população, nós o faremos”, garantiu o ministro

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