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CPMI expõe outros crimes de bolsonarista condenado pela bomba em Brasília

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CPMI expõe outros crimes de bolsonarista condenado pela bomba em Brasília

 

Além do atentado, o bolsonarista Wellington Macedo esteve presente, em Brasília, nas tentativas de invasão ao hotel onde estava Lula e à sede da PF

 

O blogueiro bolsonarista na CPMI do Golpe (Fotos: Richar Silva/PCdoB na Câmara)

O blogueiro bolsonarista Wellington Macedo, que participou do atentado a bomba no Aeroporto Internacional de Brasília, é acusado de outros crimes como espalhar fake news, divulgar vídeo de abuso infantil e violação de cadáveres.

Ele resolveu ficar calado no depoimento desta quinta-feira (21) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga os atos golpistas do 8 de janeiro, a CPMI do Golpe, mas isso não evitou que seu perfil agressivo fosse revelado durante as falas dos parlamentares.

A relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), disse que o condenado respondeu por várias outras denúncias referentes especificamente a fake news.

Também esteve presente na tentativa de invasão ao hotel, em 5 de dezembro de 2022, onde estava hospedado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e na tentativa de invasão à sede da Polícia Federal (PF) em 12 de dezembro.

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“Ele organizou, junto com o Movimento Verde Amarelo, a passeata dos ruralistas e a marcha cristã pela liberdade contra o distanciamento social na pandemia, contra o STF e contra a CPI da Covid do Senado. Ele ajudou a organizar o 7 de Setembro e por isso, inclusive, foi preso, porque no 7 de Setembro o que se fez foi uma tentativa de invasão dos três Poderes, que não aconteceu”, revelou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

A parlamentar também lembrou que consta contra o depoente 59 ações de danos morais movidas por diretores de escolas em Sobral (CE) por ele ter feito milícia digital contra o projeto educacional da cidade, considerado o melhor do Brasil, segundo o Ideb de 2021.

“Depois, ele é investigado por divulgar vídeos de abuso infantil – está aqui outro processo. Terceiro, investigado por violação de cadáver: ele abre um caixão de uma mulher que morreu de covid para mostrar, em vídeo, para dizer que era a primeira vítima do covid”, enumerou a líder do PCdoB na Câmara.

Prisão

Foragido desde janeiro, o blogueiro foi preso na semana passada em Cidade do Leste, no Paraguai, por participar da tentativa de explosão da bomba próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, em 24 de dezembro de 2022.

O explosivo que se encontrava num caminhão com 60 mil litros de combustível foi descoberto pelo motorista e só não explodiu por uma falha técnica.

O blogueiro também gravou vídeo chorando e pedindo dinheiro por PIX para continuar se escondendo. Ele alegou que foi abandonado pelos parlamentares bolsonaristas.

Wellington, que foi assessor do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, durante a gestão de Damares Alves, atual senadora, foi sentenciado a seis anos de prisão, em regime fechado, pelo crime de “expor a perigo a vida”.

Por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o bolsonarista já estava em prisão domiciliar por incentivar atos antidemocráticos no dia 7 de setembro de 2021.

O uso da tornozeleira eletrônica foi que permitiu identificar sua participação no crime do atentado.

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