O prefeito de Barra do Piraí (RJ), Mário Esteves, foi expulso do Solidariedade após fala misógina | Foto: reprodução/Facebook

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) iniciou, nesta segunda-feira (18), uma investigação preliminar para apurar os excessos no discurso do prefeito de Barra do Piraí, Mário Esteves. Durante a inauguração de uma obra pública na última quinta-feira (14), o prefeito fez declarações polêmicas defendendo a “castração das meninas” como forma de controle populacional.

Durante o evento, Mário Esteves chamou o secretário de Saúde e disse: “O que não falta em Barra do Piraí é criança. Cadê o Dione? Tem que começar a castrar essas meninas. Controlar essa população. É muito filho, cara ! É no máximo dois. Fazer uma lei lá na Câmara. É no máximo dois, porque há creche para ser ‘construído’ (sic) nos próximos anos”.

As declarações geraram ampla repercussão na mídia e foram alvo de rejeição por parte da sociedade. O MPRJ anexou diversas notícias veiculadas por órgãos de imprensa ao procedimento, estabelecendo um prazo de dez dias úteis para que o prefeito preste esclarecimentos sobre o teor de seu discurso.

Segundo nota do MP, no âmbito da investigação, “deverão ser comprovadas documentalmente quais medidas de controle populacional foram efetivamente implantadas durante o seu Governo, especialmente a quantidade de cirurgias de laqueadura e vasectomia, os critérios para aprovação de tais cirurgias, bem como a distribuição de preservativos e outros métodos contraceptivos na rede municipal de saúde”.

Expulso do partido

Após a repercussão negativa, o prefeito do município fluminense foi expulso do Solidariedade. Em nota divulgada no sábado (16), o presidente do Solidariedade-RJ, o deputado Áureo Ribeiro, informou que a decisão foi unânime e que, “diante da gravidade das palavras proferidas pelo prefeito”, decidiu pela “imediata expulsão” de Mário Esteves.

“Nosso partido tem em seus valores basilares a defesa dos direitos das mulheres, a promoção da equidade de gênero e a luta incessante contra qualquer forma de discriminação”, diz a nota.

“Seguiremos firmes em nosso compromisso de construir políticas públicas inclusivas e de conscientizar a sociedade sobre a importância de respeitar e valorizar as mulheres em todas as instâncias de poder”, conclui.

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com informaçoes do MPRJ