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Com Bolsonaro, educação brasileira se tornou a terceira pior entre 42 países

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Com Bolsonaro, educação brasileira se tornou a terceira pior entre 42 países

 

Relatório divulgado pela OCDE mostra que o investimento na área entre 2019 e 2020 foi quase um terço da média dos países estudados

 

Foto: Prefeitura de Brusque (SC)

O Brasil investe na educação apenas 37% do que a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de acordo com o relatório Education at a Glance 2023, lançado nesta terça-feira (12).

O estudo reúne dados da educação dos países membros do grupo e de países parceiros, como o Brasil. No levantamento com 42 países avaliados, o Brasil é o terceiro pior em investimentos desde o ensino fundamental até a educação superior.

O relatório da OCDE mostra o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro piorou o financiamento na área, que já vinha sendo sucateada desde o golpe, em 2016.

De acordo com o estudo, enquanto o Brasil, em 2020, investiu US$ 4.306 por estudante, o equivalente a aproximadamente R$ 21,5 mil, os países da OCDE investiram, em média, US$ 11.560, ou R$ 57,8 mil.

Em média, na OCDE, a despesa total dos governos com a educação cresceu 2,1% entre 2019 e 2020, a um ritmo mais lento do que a despesa total do governo em todos os serviços, que cresceu 9,5%.

No Brasil, no entanto, o gasto total do governo com educação diminuiu 10,5%, enquanto o gasto com todos os serviços aumentou 8,9%. Na análise da OCDE, isso pode ter ocorrido devido à pandemia de covid-19.

“O financiamento adequado é uma condição prévia para proporcionar uma educação de alta qualidade”, diz o relatório. A maioria dos países da OCDE investe entre 3% e 4% do seu Produto Interno Bruto (PIB) no ensino fundamental e médio, chegando a menos 5% do PIB na Colômbia e em Israel. A porcentagem de investimento brasileira não consta desta edição do relatório.

Sobre essa medida de investimento, a OCDE faz uma ressalva: “O investimento na educação como percentagem do PIB é uma medida da prioridade que os países atribuem à educação, mas não reflete os recursos disponíveis nos sistemas educativos, uma vez que os níveis do PIB variam entre países”. As despesas por aluno variam muito entre os países da OCDE.

A Colômbia, o México e a Turquia gastam anualmente menos de US$ 5 mil por estudante, ou R$ 25 mil, enquanto Luxemburgo gasta quase US$ 25 mil, ou R$ 125 mil. Existem também diferenças significativas nas despesas por estudante de acordo com a etapa de ensino.

*Com Agência Brasil

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