Bolsonaro e o segundo conjunto de joias dado pelo governo da Arábia Saudita que o ex-presidente confirmou ter ficado | Foto: montagem AFP e reprodução internet

O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou 128 presentes recebidos por Bolsonaro que deveriam ser incorporados ao patrimônio da União, mas que acabaram no acervo privado do ex-presidente.

Para ficarem com Bolsonaro, segundo decisão de 2016 do próprio TCU, os presentes teriam que ser “personalíssimos”. Por exemplo: medalhas personalizadas ou itens de consumo direto, como perfumes, alimentos, bonés, camisetas, chinelos e gravatas.

De acordo com os auditores, 111 presentes não se encaixam nesses itens e, por isso, deveriam estar no acervo público.

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A CNN, que publicou a notícia com exclusiviade, apurou que outros 17 itens têm valor comercial muito elevado e, por isso, também deveriam estar incorporados ao patrimônio público.

Segundo os técnicos da corte, alguns itens recebidos por Bolsonaro nem sequer foram registrados. Ao menos onze presentes ofertados ao então presidente e à ex-primeira-dama não foram contabilizados.

A líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, Jandira Feghali (RJ), observou que está havendo um pente-fino nos presentes desviados.

“O TCU descobriu que Bolsonaro desviou ilegalmente 111 presentes do patrimônio da União. Dos 295 itens ofertados ao Brasil por nações estrangeiras durante seu governo, 240 nunca foram registrados no acervo do Planalto.  Destes, 111 eram ‘sem natureza personalíssima’ e 17 possuem ‘alto valor comercial’. O TCU quer levantar também os presentes recebidos por Michelle e outros familiares de Bolsonaro e auxiliares. A ordem é passar um pente-fino nessa lista para resgatar tudo. Mais um crime pra extensíssima lista do inelegível”, postou a líder na rede social.

“GRAVE! O absurdo esquema de apropriação de itens pertencentes ao patrimônio da União por Bolsonaro é muito pior do que se imaginava. O TCU já identificou 128 presentes recebidos pelo ex-presidente que foram indevidamente registrados no seu acervo privado”, postou o senador Humberto Costa (PT-PE).