O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltará a fazer um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV nesta quarta-feira (6), véspera do 7 de Setembro. Com duração de seis minutos, o discurso, gravado nesta segunda (4), vai ressaltar a democracia e a soberania nacional como pilares do projeto de reconstrução do Brasil. Lula também vai enfatizar que está à frente de um “governo amplo”.

É a primeira celebração do Dia da Independência desde que Jair Bolsonaro deixou o Planalto. O ex-presidente usava o pretexto da data para politizar um evento cívico – ele chegou a desafiar publicamente o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) na edição de 2021. Desta vez, Lula quer mandar uma mensagem de pacificação. O lema será “Democracia, Soberania e União – Defender e Desenvolver o Brasil”.

“No Brasil, como nós tivemos um regime autoritário, a verdade é que os militares se apoderaram do 7 de Setembro, que deixou de ser uma coisa da sociedade como um todo. O que nós estamos fazendo agora – com a participação do Exército, da Marinha e da Aeronáutica – é voltar a fazer um 7 de Setembro de todos”, afirmou Lula nesta terça (5), na live Conversa com o Presidente.

Segundo Lula, a festa da Independência é “importante” porque lembra que o Brasil “conquistou soberania diante do país colonizador”, Portugal. “Sempre gostei do 7 de Setembro. Sou fissurado no Hino da Independência”, agregou Lula. “Acho que (neste ano) “vai ser um 7 de Setembro bom, pacífico, normal.”

No feriado, o presidente participará da programação oficial, que inclui o tradicional desfile militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O governo estima que 30 mil pessoas devam participar da cerimônia. Na sequência da solenidade, Lula embarcará para a Índia, onde participará da reunião do G20.