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Dia do Estudante  terá jornada de lutas em defesa do orçamento para Educação

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Dia do Estudante  terá jornada de lutas em defesa do orçamento para Educação

 

Pauta do dia 11 de agosto envolve UNE, UBEs e ANPG também pela revogação do ensino médio, aprovação da lei de Assistência Estudantil e tempo de pós-graduação contado para aposentadoria.

 

O 11 de agosto, Dia do Estudante, será marcado por mais uma jornada de lutas com pautas atuais e envolvimento de entidades estudantis como a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), articulando todos os níveis da educação.

Sob o lema “Estudante na rua para reconstrução da educação”, a ideia é que a semana tenha atos de rua em cidades por todo o país, especialmente no dia 11. Mas também vai haver mobilização institucional para entregar as pautas a deputados, senadores e ao próprio Ministério da Educação, para convencê-los da sua importância.

Manuella da UNE

Portal Vermelho entrou em contato com as lideranças das três entidades para entender as reivindicações deste ano. A presidenta da UNE, Manuella Mirella, eleita em julho no 59º. Congresso da entidade, destacou o simbolismo do dia 11 ser aniversário de 86 anos da entidade. “Nesse dia, nós estamos indo às ruas, com as entidades estudantis, pra defender o orçamento da educação e pra defender a revogação do novo ensino médio”, destacou.

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Manuella destacou que a entidade está se organizando com ações nas universidades, porque sua luta em relação ao orçamento, é para que consiga garantir possibilidades do estudante permanecer no curso. “Que as obras que estão paradas, voltem a funcionar. Que os restaurantes universitários que não foram entregues, sejam entregues. Quem entrou quer ficar, permanecer e se formar”, acrescentou.

Vinícius da ANPG

O presidente da ANPG, Vinícius Soares, citou quatro pautas prioritárias. ”Nessa jornada de lutas desse ano, a gente tem como prioridade ter mais orçamento para a educação, a revogação do ensino médio, a transformação do decreto presidencial do Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) em lei, e também contar os anos de mestrado e doutorado para previdência dos pós-graduandos”, pontuou.

Exatamente por causa dessa necessidade de evitar a evasão na universidade pública, a presidenta da UNE também apontou a importância de apresentar o projeto de lei do PNAES, mencionado por Vinícius. “Se a gente consegue ainda esse mês garantir a aprovação de uma lei para a permanência dos estudantes na universitária, para além da renovação da lei de cotas atreladas à assistência estudantil, será uma enorme conquista”.

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Vinícius destacou o dado recente de que a produção científica no país caiu. “Isso é uma das consequências de todo o desmonte, especialmente orçamentário, que a gente teve no último período”, afirmou.

Hoje, o pós-graduando tem vedado seu acesso a restaurante universitário e moradia estudantil. Com isso, em especial, nas universidades federais, são utilizados recursos próprios para fazer o aporte da assistência aos pós-graduandos. “E isso tem impactado diretamente na permanência dos pós-graduandos dentro da universidade. De 2019 para 2020, o Brasil deixou de titular 4 mil doutores e isso é influência direta dessa política de assistência estudantil”, avaliou.

Jade da UBES

Já a presidenta da UBES, Jade Beatriz, enfatizou a revogação do novo ensino médio como o tema que angustia os secundaristas. O Novo Ensino Médio cria itinerários formativos que não garantem o acesso dos estudantes às disciplinas fundamentais, priorizando formação profissional de baixa qualidade. Com isso, o aluno não garante capacitação para uma profissão, nem para fazer uma prova do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) ou um vestibular.

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Ciclo de reconstrução da Educação

Vinícius apontou os desafios do novo período, com a vitória do campo progressista sobre o bolsonarismo. “Nesse semestre, queremos conseguir implementar essas medidas, porque vai ser um longo caminho para reconstruir a educação no país. A gente viveu, nos últimos seis anos, um total desmonte do nosso sistema nacional de educação. Então, a ideia é fazer essa pressão social, a partir do movimento estudantil, para que a gente tenha, especialmente essas pautas prioritárias, como ordem do dia, tanto do governo federal quanto do Congresso Nacional”, defendeu o pós-graduando.

Lideranças das entidades estudantis na 75a. Reunião da SBPC

Jade está otimista com a possibilidade de aprovar as demandas do movimento secundarista. ”Com o novo ciclo político, nós conseguimos virar a chave e ter uma relação melhor com o Governo Federal, e, consequentemente, com os governos estaduais em sua maioria, levando em consideração todo debate que estamos fazer durante esse período, pedindo a revogação e construindo uma nova proposta pra educação básica”, afirmou.

Manuella disse que os estudantes estão “bem animados” com as possibilidades deste novo ciclo de governo. “É certo que é só o começo de uma grande série de conquistas a favor do direito dos estudantes. A gente está se organizando para propor nosso modelo de universidade e estamos buscando o diálogo. A rua é o nosso lugar para apresentar nossas ideias, a nossa opinião, nosso ponto de vista”, enfatizou.

Material de mobilização das entidades estudantis
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