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Denúncia de violência contra a mulher pode ser feita pelo 180 no WhatsApp

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Denúncia de violência contra a mulher pode ser feita pelo 180 no WhatsApp

 

Utilizando inteligência artificial, governo federal faz atendimento as mulheres todos os dias, 24h. O governo da Bahia, através da secretária de Mulheres, Julieta Palmeira foi pioneiro na aplicação deste tipo de atendimento.

 

O Ministério das Mulheres colocou em prática o Ligue 180 pelo aplicativo de mensagens WhatsApp. O atendimento será realizado através da tecnologia de Inteligência Artificial (IA) por uma atendente virtual apelidada de Pagu, em homenagem à escritora, poetisa, cartunista, jornalista e militante comunista Patrícia Rehder Galvão (1910 – 1962).

O programa – uma parceria entre o Ministério das Mulheres e a Meta, empresa dona do WhatsApp, Instagram e Facebook – recebe denúncias e orienta nos casos de violências contra as mulheres. Além de passar a coletar, agora, dados específicos de atendimento de violência contra as mulheres e como se deu cada um deles.

Segundo o ministério, com esses dados e informações, o governo pretende destinar recursos para as áreas mais afetadas, elaborando ações e políticas públicas preventivas.

O projeto já havia sido testado, com êxito, pelo governo da Bahia, na gestão de Julieta Palmeira como secretária estadual de Políticas para Mulheres (2017 a 2022). O ZapRespeitaAsMina teve início ainda em 2020 na Bahia, em plena pandemia.

“Iniciamos na Bahia mensagem de texto, via Whastapp, com apoio de inteligência artificial para encaminhamento emergencial durante a pandemia da Covid-19, diante do desafio de combater a violência doméstica em um momento de restrição de mobilidade”, contou Julieta.

Julieta Palmeira, foi secretária de Políticas para as Mulheres da Bahia 2017 a 2022. | Foto: Camila Souza/GOVBA

A iniciativa veio do desafio de, em plena pandemia, receber denúncias de agressões. Sabíamos as dificuldades que a mulher teria em se dirigir até uma delegacia ou até mesmo fazer uma ligação de áudio e o agressor permanecia mais tempo no  domicílio. Então, encontramos uma saída”, ressaltou a secretária.

Ela informou ainda que o programa recebeu, em 1 ano, mais de 800 denúncias que resultaram na visita da polícia no domicílio para retirar o agressor e proteger a vítima, contou a secretária.

Julieta ressaltou a atitude do governo federal em reproduzir iniciativas que foram eficazes nos estados e ampliar para todo o Brasil. “Acho importante que o ministério da Mulher tenha essa compreensão, completou.

Inteligência Artificial

O primeiro contato do Ligue 180 é realizado por meio da IA. A atendente virtual oferece opções de ajuda, sempre com a possibilidade de acionar, a qualquer momento, uma atendente da Central. A equipe é formada exclusivamente por mulheres desde março deste ano.

O acesso exclusivo é uma nova etapa da reestruturação do serviço, que foi desmantelado pelo governo Bolsonaro. Durante sua gestão, o ex-presidente cortou 90% da verba disponível para ações de enfrentamento à violência contra a mulher.

O orçamento deixado por Bolsonaro para 2023 previa uma paralisação dos serviços por falta de recursos, porém, logo em janeiro, o governo Lula enviou ao Congresso uma proposta de aumento no orçamento que recuperou recursos que puderam ser destinados aos programas e canais de denúncias de violência doméstica.

Serviço

 

campanha de divulgação do Ligue 180 do governo federal

 

Por telefone ou WhatsApp, o Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher – é gratuito, funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados, e pode ser acionado de qualquer lugar do Brasil.

Para adicionar o Ligue 180 no WhatsApp, mande uma mensagem para o número (61) 9610-0180, clique neste link  ou mire a câmera do celular no QR Code na imagem acima.

Na Bahia, o ZapRespeitaasMinas também funciona pelo número (71) 3117-2815. É só enviar uma mensagem de texto ou acessar o site www.mulheres.ba.gov.br

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