O empresário Milton de Oliveira Júnior. Foto: reprodução

Como parte da 13ª fase da Operação Lesa Pátria, a Polícia Federal cumpriu, nesta terça-feira (27), mandado de busca e apreensão contra Milton de Oliveira Júnior, dono de uma rádio em Itapetininga, interior de São Paulo, que foi afiliada à Jovem Pan. Num programa local, o empresário admitiu que financiou os atos golpistas de 8 de janeiro. A ação da PF foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal.

No programa, em abril deste ano, Milton Oliveira Júnior afirmou no programa: “se eu tiver que ser preso porque ajudei patriotas a irem para a Brasília fazer protesto contra um governo ilegítimo, que eu seja preso, não há problema nenhum. Temos que assumir os compromissos que fazemos. Não tenho medo da Justiça”.

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Após a declaração, a Jovem Pan, apoiadora do bolsonarismo, rompeu contrato com a rádio do empresário. Em nota, disse que o grupo “reforça a posição em defesa da democracia e do Estado de Direito, razão pela qual se viu obrigado a adotar medidas legais contra o empresário Milton Oliveira com o objetivo de preservar a credibilidade de uma empresa que tem 80 anos de história na radiodifusão”.

Na sequência, Oliveira Júnior disse que “sempre” respeito a Justiça, além de negar ter apoiado atos contra a democracia. Também disse que teria, na verdade, dado dinheiro a um amigo “para sua alimentação durante a viagem de retorno de Brasília no dia 20 de novembro de 2022”.

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A Operação Lesa Pátria apura crimes relacionados aos atos antidemocráticos, como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime e destruição, deterioração ou inutilização de bem protegido.

Até o momento, a operação já cumpriu 68 mandados de prisão, 206 de busca e apreensão e instaurou 17 inquéritos.

Com agências

(PL)