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Vinicius Jr. chefiará comitê antirracismo, diz Fifa

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Vinicius Jr. chefiará comitê antirracismo, diz Fifa

 

Segundo o presidente da Fifa, o comité será formado por jogadores e terá a missão de sugerir formas de punições para comportamentos discriminatórios no futebol

 

Foto: Reprodução

O atacante brasileiro Vinícius Junior vai liderar comitê especial Antirracismo da Fifa (Federação Internacional de Futebol), disse o presidente da entidade, Gianni Infantino, nesta quinta (15) à Reuters.

Segundo Infantino, o comitê será formado por jogadores e irá formalizar sugestões para punir de forma rigorosa comportamentos discriminatórios no futebol. “Não haverá mais futebol com racismo. Os jogos deverão ser interrompidos imediatamente quando algo assim ocorra. Basta”, completou.

Em maio, Vini Jr sofreu ataques racistas de torcedores do Valência, pela 35ª rodada do Campeonato Espanhol. Foi a décima vez que o brasileiro recebeu ofensas do tipo desde que chegou ao Real Madrid, em 2018.

O presidente da Fifa se reuniu, nesta quinta, com os jogadores e comissão técnica da seleção brasileira no hotel em que estão concentrados, em Barcelona, para o amistoso entre Brasil e Guiné, que ocorrerá no sábado, às 16h30.

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Aos brasileiros, o dirigente prometeu medidas duras de combate ao racismo. Infantino também teve um diálogo com Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

“Não podemos tolerar mais problemas de discriminação e racismo. Para mim, é muito importante falar pessoalmente com Vini, com os jogadores, para sentir e entender as emoções e também para garantir a todos que vamos implementar medidas muito contundentes, fortes, para acabar com o problema da discriminação e do racismo”, disse Infantino.

Na semana passada, em entrevista para CNN Sports, o atacante belga e da Internazionale de Milão, Romero Lukaku, falou sobre a possibilidade de os atletas formarem um sindicato entre os atletas para lutar contra o racismo no esporte.

“Acho que a ideia do sindicato vai começar (a sair do papel). A ideia é que os principais jogadores se reúnam e conversem diretamente com a Uefa e a Fifa”, disse Lukaku. “É realmente decepcionante que isso esteja acontecendo porque estamos em 2023, o mundo tem culturas diferentes, religiões diferentes, pessoas de cores diferentes e ainda cometemos os mesmos erros o tempo todo”, concluiu.

Lukaku também sofre frequentemente com insultos racistas. Em abril, pela semifinal da Copa da Itália, em Turim, torcedores da Juventus imitaram macaco e xingaram o belga. A polícia italiana identificou 171 foram identificados, multados e banidos dos estádios para sempre.

A Fifa ainda não informou quando a comissão será criada, mas começa a elaborar medidas mais rígidas contra as ofensas raciais no esporte. “Pedi ao Vinícius para liderar esse grupo de jogadores que apresentará punições mais rígidas contra o racismo que serão posteriormente implementadas por todas as autoridades do futebol ao redor do mundo”, concluiu Infantino.

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