Sem categoria

OIT pede medidas concretas contra o trabalho escravo

Spread the love

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) chamou hoje a adotar medidas concretas e imediatas dirigidas a reduzir a vulnerabilidade ao trabalho escravo, em um mundo onde 21 milhões de pessoas são vítimas dessa prática.

 

Reprodução

Trabalho escravo

Mais da metade das vítimas são mulheres e meninas, principalmente na exploração sexual comercial e no trabalho doméstico, enquanto os homens e os meninos são sobretudo vítimas da exploração na agricultura, na construção e na mineração, mostrou um relatório da instituição.

De acordo com o documento, as crises de renda e a pobreza são os principais fatores que empurram os indivíduos para esse tipo de trabalho. Outros fatores de risco e de vulnerabilidade compreendem a falta de educação, o analfabetismo, o gênero e as migrações.

Embora tenham sido registrados avanços na redução do trabalho forçado imposto pelo Estado, agora devemos dirigir nossa atenção sobre os condicionamentos que tornam as pessoas vulneráveis a esses trabalhos no setor privado, disse.

Dita atividade na economia privada gera ganhos anuais ilegais de 150 bilhões de dólares, cerca de três vezes mais que a cifra estimada anteriormente, revelou a investigação.

O diretor geral da OIT, Guy Ryder, afirmou que se trata de um fenômeno nocivo para as empresas e o desenvolvimento, mas sobretudo para suas vítimas, por isso é necessário imprimir um novo caráter de urgência aos esforços com o fim de erradicar, o quanto antes, esta prática altamente rentável, mas fundamentalmente nefasta.

A OIT chamou a reforçar as medidas de proteção social para evitar que os lares pobres contraiam empréstimos abusivos em situações de perda inesperada de renda; e a investir na educação e na formação profissional com objetivo de aumentar as oportunidades de emprego dos trabalhadores vulneráveis.

Também chamou a promover uma abordagem da migração baseada nos direitos a fim de prevenir o trabalho clandestino e os abusos contra os imigrantes.

Fonte: Prensa Latina