Fim da paridade internacional tornará Petrobras mais competitiva
Fim da paridade internacional tornará Petrobras mais competitiva
Deputados acreditam que a estatal ganha flexibilidade para praticar preços mais atrativos, de acordo com os interesses do desenvolvimento do Brasil e da população
Publicado plo Portal Vermelho
A Petrobras anunciou nesta terça-feira (16) o fim da “paridade de importação de preços” (PPI), vigente desde 2016, quando foi adotada por Michel Temer.
Em entrevista coletiva, o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o Brasil sai de uma “política de amarras”, que impedia melhores ganhos. “É um gesto da Petrobras com o Brasil, com o povo. O PPI, criado em 2016, era uma abstração, uma mentira e um crime contra o povo brasileiro, pois impunha uma mordaça na competitividade interna”, afirmou Silveira.
Já o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, destacou que “abrasileirar os preços significa levar nossas vantagens em conta, sem tirar o Brasil do contexto internacional”.
Na regra anterior, a Petrobras considerava o valor do petróleo no mercado global e custos logísticos como o fretamento de navios, as taxas portuárias e o uso dos dutos internos para transporte. “O PPI trouxe uma volatilidade nunca vista no país. Eu não preciso praticar o preço do concorrente se eu tenho alternativas aqui dentro. Significa que eu vou fazer melhor preço dentro da minha possibilidade”, afirmou Prates.
Segundo o presidente da Petrobras, a partir desta quarta-feira (17), já haverá redução nos preços médios de venda da gasolina, diesel e GLP. A Petrobras reduzirá em R$ 0,44 por litro o seu preço médio de venda de diesel A para as distribuidoras, que passará de R$ 3,46 para R$ 3,02 por litro. Para a gasolina A, a Petrobras reduzirá em R$ 0,40 por litro o seu preço médio de venda para as distribuidoras, que passará de R$ 3,18 para R$ 2,78 por litro. Já o GLP terá redução de R$ 0,69 por kg no preço médio de venda para as distribuidoras, que passará de R$ 3,2256 para R$ 2,5356 por kg, equivalente a R$ 32,96 por botijão de 13kg.
O anúncio foi bem recebido no Parlamento. Críticos da política adotada pelo governo Temer e mantida por Bolsonaro, deputados do PCdoB comemoraram a mudança na política de preços, promessa de campanha de Lula.
“Acabou! Os tempos de submissão da Petrobras à política de paridade internacional de preços chegaram ao fim. A partir de agora, nossos combustíveis não estão mais obrigatoriamente atrelados ao dólar e às oscilações do mercado internacional. A Petrobras ganha flexibilidade para praticar preços mais competitivos, sempre de acordo com os interesses do desenvolvimento do Brasil e de sua população. O governo Lula está reconstruindo este país e ter a Petrobras de volta a serviço dos brasileiros é uma grande notícia”, destacou a líder da bancada do PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ).
Para a deputada Daiana Santos (PCdoB-RS), a Petrobras “voltou a pensar na população e não nos acionistas”.
Já o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) lembrou que os brasileiros deixarão de pagar o combustível em dólar. “O fim do PPI é mais uma promessa de Lula sendo cumprida para o resgate da soberania nacional e melhoria na vida do povo brasileiro. Essa medida impacta não só no preço dos combustíveis, mas também no preço dos alimentos, fretes e outros produtos. Vamos juntos construir um presente mais justo e um futuro promissor”, destacou o vice-líder do governo no Congresso.
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) também ressaltou a competitividade dos preços que a mudança da Petrobras gerará no país. “Nossos combustíveis não serão mais dolarizados. Teremos preços competitivos, sem desconsiderar os impactos no bolso do povo. A Petrobras voltou”, pontuou.