Polícia encontra armas de grosso calibre na casa de um dos suspeitos de financiar atos golpistas Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta (11), a 11ª fase da Operação Lesa Pátria que investiga suspeitos de financiarem e fomentarem os atos golpistas do dia 8 de janeiro. Foram cumpridos, ao todo, 22 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná.

Os agentes encontraram muitas armas na casa de um dos suspeitos, no Mato Grosso do Sul, e dinheiro em espécie na residência de um empresário, em São Paulo.

Segundo a PF, a Justiça ordenou o bloqueio de R$40 milhões em bens e ativos para a cobertura e ressarcimento dos danos ao patrimônio público.

“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, divulgou em nota a PF.

Os nomes dos alvos e as cidades em que os mandados foram cumpridos não foram divulgados pela corporação. No entanto, a imprensa já teve acesso a alguns dos envolvidos na operação de hoje.

No Mato Grosso do Sul, na cidade de Maracaju, um dos alvos foi o empresário Adoilto Fernandes Coronel. Em sua residência, os agentes encontraram um arsenal com armas de grosso calibre e muitas munições.

Coronel é um proprietário de uma loja de construção no município sul-mato-grossense e o segundo secretário da Associação Empresarial da cidade.

Já em Bauru, a polícia apreendeu dinheiro em espécie na casa do empresário Geraldo Cesar Killer, de 58 anos. Segundo informações do G1, Cesar Killer é um executivo do ramo imobiliário, sócio da GCKON Participações.

Segundo a PF, nas dez primeiras etapas da Operação Lesa Pátria foram cumpridos 65 mandados de prisão preventiva, sem prazo definido, 4 mandados de prisão temporária, com prazo definido, 174 mandados de busca e apreensão e 17 instaurações de inquérito policial.

As investigações continuam em curso, de acordo com a PF, e a Operação Lesa Pátria se tornou permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.