Bolsa Família deve tirar 3 milhões da extrema pobreza
Bolsa Família deve tirar 3 milhões da extrema pobreza
Novo programa Benefício Primeira Infância tem potencial para mudar a realidade brasileira, indica especialista
Publicado pelo Portal Vermelho
Mudanças no Bolsa Família implementadas pelo Governo Federal podem tirar até 3 milhões de pessoas da extrema pobreza. De acordo com o economista Daniel Duque, do Ibre/FGV, o programa de transferência de renda tem o potencial de mudar a realidade brasileira.
“Nas minhas projeções, o Bolsa Família deve tirar 3 milhões de brasileiros da pobreza, graças ao benefício de R$ 150 por criança de zero a 6 anos”, afirmou Duque, que é mestre em economia e pesquisador nas áreas de desigualdade, mercado de trabalho e educação, em seu perfil no Twitter e numa entrevista ao jornal O Globo.
Essa projeção baseia-se no Benefício Primeira Infância, que começou a ser pago em março de 2023 e chegou a 8,9 milhões de crianças inscritas no programa de transferência de renda, com um investimento adicional de R$ 1,3 bilhão. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE) mostram que o país tinha 12,4 milhões de pessoas na condição de extrema pobreza no último trimestre de 2022, com renda de até R$ 208 mensais por pessoa do núcleo familiar.
Além disso, a partir de junho, haverá um repasse de R$ 50 para gestantes e para integrantes de sete a 18 anos na composição familiar. Com essas mudanças, 21,1 milhões de famílias passaram a receber um valor médio de R$ 670,33, o maior já registrado na história do programa. A estimativa é de que o valor médio supere os R$ 700 em junho. Em fevereiro, eram R$ 606,91. A folha de pagamento de março superou R$ 14 bilhões de investimento, um recorde na história do Bolsa Família.
E não é só: o relatório Macro Research da XP Investimentos, publicado no último mês, identifica que a previsão da massa de renda disponível para as famílias deve crescer cerca de 3,5% em 2023 em comparação com 2022. Segundo o estudo, o crescimento se deve, em grande parte, às transferências de renda do Bolsa Família, ao aumento real do salário-mínimo e à extensão da faixa de garantido do Imposto de Renda, medidas adotadas pela gestão atual.