Pagamento do piso da Enfermagem deve ter solução na próxima semana
Pagamento do piso da Enfermagem deve ter solução na próxima semana
Parlamentares se reuniram com ministros de Lula para cobrar celeridade na entrega da Medida Provisória que viabilizará o pagamento do piso.
Publicado pelo Portal Vermelho
Um grupo de deputados e senadores se reuniu nesta terça-feira (21) com os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e com ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para tratar da Medida Provisória que viabilizará o pagamento do piso salarial da Enfermagem.
A expectativa é que na próxima semana, após retorno do presidente Lula da viagem à China, o governo anuncie uma solução. A criação de um valor mínimo a ser pago à categoria foi aprovada pelo Congresso no ano passado, mas está suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido dos hospitais, por falta de indicação de como o piso será custeado.
Importante articuladora da aprovação da matéria no Congresso, a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) participou da reunião e afirmou que o governo Lula está empenhado em garantir o pagamento do piso à categoria.
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“O ministro Rui Costa colocou que são detalhes técnicos a resolução da forma com que o recurso licitamente descerá aos estados, municípios, Distrito Federal, às entidades filantrópicas e às entidades privadas conveniadas ao SUS e com contratualização acima de 60%. Ficou claro que não se entrará na administração de estados e municípios, mas vai se garantir o quinhão para que nenhum profissional de Enfermagem receba abaixo do piso”, explicou a parlamentar.
De acordo com Alice, Rui Costa ainda conversará com o ministro do STF, Luís Roberto Barroso, responsável pela decisão sobre a suspensão do pagamento, antes de fechar a proposta que será enviada ao Congresso.
“No retorno do presidente Lula da China, nós já teremos o formato da medida provisória. Foi o que ficou acertado nessa reunião. Saímos confiantes. Ainda não há o termo de uma medida provisória, mas há o apalavramento de que o presidente Lula, de fato, orientou os seus ministros a resolverem a forma de pagamento. A Enfermagem tem pressa, está mobilizada, e nós estamos atentos”, afirmou Alice Portugal.
Um estudo feito na Câmara por um GT que analisou o tema no ano passado, apontou um custo adicional de pelo menos R$ 16 bilhões para os órgãos públicos, planos de saúde e hospitais filantrópicos e privados para implantação do piso. O responsável por elaborar esse parecer à época foi o então deputado Alexandre Padilha (PT-SP).
A lei aprovada pelo Congresso, e que está suspensa por decisão judicial, cria um valor mínimo para o salário de todos os enfermeiros do país, de R$ 4.750,00; o de técnicos de enfermagem, R$ 3.325,00; e o de auxiliares e de parteiras, R$ 2.375,00. Os valores serão corrigidos anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Mais cedo, líderes da base do governo na Câmara se reuniram com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e abordaram o assunto. Segundo o vice-líder do Governo no Congresso, deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), a ministra reafirmou que o governo está trabalhando para anunciar a solução para o pagamento até o início da próxima semana. Segundo ela, no Ministério da Saúde já há consenso, faltando apenas a definição da Casa Civil.
“Seguimos atentos e cobrando o pagamento do piso nacional”, destacou Almeida.