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Deputado do PL deve ir ao Conselho de Ética por discurso transfóbico

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Deputado do PL deve ir ao Conselho de Ética por discurso transfóbico

 

No Dia Internacional da Mulher, deputado bolsonarista discursa usando peruca e reforça violência contra mulheres trans no Brasil. Comunista Daiana Santos representará contra ele.

 

Deputada Daiana Santos quer Nikolas Ferreira (PL/MG) no Conselho de Ética. Fotomontagem PCdoB na Câmara

Desde que tomou posse na Câmara, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), aliado de Bolsonaro, tem subido à Tribuna da Casa com discursos machistas e repletos de fake news. Neste 8 de Março não foi diferente. O parlamentar, usando uma peruca amarela, fez um discurso machista e transfóbico, no Dia Internacional da Mulher.

“As mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres. Para vocês terem ideia do perigo que é isso, eles estão querendo colocar a imposição de uma realidade que não é a realidade”, disse.

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A deputada Daiana Santos (PCdoB-RS) rebateu a fala do bolsonarista e afirmou que o caso será levado ao Conselho de Ética da Câmara. “Repugnante, nojento. O discurso do deputado Nikolas Ferreira reforça a violência contra as mulheres trans no Brasil. Ao falar isso na tribuna, ele está ignorando uma parcela da população que vive em um país que, há 13 anos, lidera o ranking da lista de países que mais mata pessoas trans e travestis no mundo. Vamos levar este caso para o Conselho de Ética da Casa”, disse.

Nikolas Ferreira já responde por transfobia. Desde fevereiro deste ano, o deputado bolsonarista responde por injúria racial após chamar a deputada Duda Salabert (PDT-MG) de “ele”. Duda é uma mulher trans.

O Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo. Cento e trinta e uma pessoas trans e travestis foram assassinadas no país em 2022, o maior número em todo o mundo pelo 14º ano consecutivo. O número faz parte do Dossiê Assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras, da Associação Nacional de Travestis eTransexuais (Anta).

Transfobia é crime e pode levar a até três anos de prisão.

Em colaboração com o portal PCdoB na Câmara

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