Foto: reprodução/redes sociais

A deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), nessa quarta-feira (25), por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento mediante uso de arma devido ao episódio em que a parlamentar perseguiu e ameaçou um homem negro pelas ruas dos Jardins, em São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições.

O órgão pede, ainda, que Zambelli seja obrigada a pagar indenização de R$ 100 mil por danos morais coletivos e que tenha o porte de arma definitivamente cancelado. A denúncia foi enviada ao ministro Gilmar Mendes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), a quem caberá decidir se aceita a denúncia e se será aberta uma ação penal.

Conforme a denúncia apresentada, “a permissão do porte de arma de fogo conferida à denunciada se destina única e exclusivamente à sua defesa pessoal; jamais para constranger a liberdade de interlocutor e a fazer com ele se desculpe dos seus posicionamentos políticos, preferências eleitorais e supostos atos injuriosos manifestados, ainda que a pretexto de resguardar, em tese, sua honra maculada”.

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No dia 29 de outubro, Carla Zambelli e seus seguranças perseguiram e ameaçaram, com uso de arma de fogo, o jornalista Luan Araújo em plena capital paulista. As imagens foram gravadas e circularam pelas redes sociais.

Após o ocorrido, o STF ordenou que a bolsonarista entregasse sua arma à Polícia Federal. Além disso, autorizou operação de busca e apreensão em endereços da parlamentar, quando a PF encontrou outras três pistolas.