Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado | Foto: Marcos Corrêa/PR

Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), são os favoritos para voltarem a comandar as duas casas legislativas. Eles devem ser reconduzidos aos cargos na próxima quarta-feira (1º) quando os 513 deputados eleitos e 27 senadores – um terço das 81 cadeiras – tomarem posse.

A situação mais confortável é a de Lira, que reúne amplo apoio de partidos. Ele tem suporte da federação PT, PCdoB e PV (80 deputados), PP (47), União Brasil (59), Republicanos (41), PDT (17), Podemos (12), PSC (6), Patriota (4), Solidariedade (4), Pros (3), PTB (1).

De acordo com levantamento do site Congresso em Foco, o PL, com 99 cadeiras, e o PSD, com 42, ainda não formalizaram o apoio a Lira, mas a tendência é que também apoiem sua recondução ao cargo.

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Os deputados federais tomarão posse em sessão marcada para as 10h, no Plenário Ulysses Guimarães. No mesmo dia, às 16h30, começa a sessão destinada à eleição do novo presidente e da Mesa Diretora para o biênio 2023/2024.

Para ser eleito, o candidato precisa de maioria absoluta dos votos em primeira votação ou ser o mais votado no segundo turno. Depois de eleito o novo presidente, serão apurados os votos dos demais integrantes da Mesa, nesta ordem: dois vice-presidentes; quatro secretários; e quatro suplentes.

Senado

No Senado, Rodrigo Pacheco tem apoio de legendas que vão da esquerda ao centro. Além do seu partido, a segunda maior bancada com 12 senadores, o atual presidente terá os votos do União Brasil (10 senadores), MDB (9), PT (9), Cidadania (1), PSB (1) e Rede (1). Na segunda-feira (23), o PDT anunciou oficialmente o apoio dos seus três senadores à reeleição dele.

Caso os senadores dessas legendas confirmem essa expectativa, Pacheco já tem garantido a maioria absoluta de 46 votos, o suficiente para se eleger em primeiro turno.

O PL, que tem a maior bancada (14), vai lançar o bolsonarista Rogério Marinho (RN), senador eleito. Outro candidato do campo da direita será Eduardo Girão (CE), que foi reeleito pelo Podemos.

“O presidente Rodrigo Pacheco é um candidato nosso. É o candidato da orientação do presidente Lula à reeleição para a Presidência do Senado. O presidente da Câmara também. A gente, primeiro, tem que agradecer aos presidentes da Câmara e do Senado pela aprovação da PEC [da Transição] que, como o presidente Lula disse, foi indispensável para o Brasil”, disse ao G1 o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que já havia sido anunciado como líder do governo no Congresso.

Eleição

De acordo com o consultor legislativo Gilberto Guerzoni, haverá três reuniões preparatórias para o início da legislatura no Senado. Na primeira, os 27 senadores eleitos e reeleitos em outubro vão tomar posse.

Em seguida, haverá uma segunda reunião para eleger o presidente da Casa para os próximos dois anos. E após isso, uma terceira, quando serão eleitos os demais integrantes da Mesa Diretora.

Com informações das agências Câmara e Senado