Bolsonaro recebeu R$ 1,3 milhão de suspeitos de financiarem atos golpistas
Bolsonaro recebeu R$ 1,3 milhão de suspeitos de financiarem atos golpistas
Do total de 43 pessoas físicas e jurídicas com as contas bloqueadas pelo STF por possível financiamento de protestos antidemocráticos, ao menos 11 doaram para campanha de Bolsonaro
Publicado pelo Portal Vermelho
Do total de 43 pessoas físicas e jurídicas que tiveram suas contas bloqueadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de financiarem atos golpistas promovidos por bolsonaristas contra a eleição de Lula, constam ao menos 11 empresários que doaram cerca de R$ 1,3 milhão à campanha de Jair Bolsonaro (PL). O levantamento foi feito pelo portal UOL.
Dentre os postulantes ao Palácio do Planalto, o atual presidente foi o que mais recebeu doações privadas, num total de R$ 88 milhões, a maioria de pessoas físicas ligadas ao agronegócio.
O maior doador de Bolsonaro dentre os que tiveram as contas bloqueadas foi Atílio Rovaris, sócio da transportadora que leva seu sobrenome, com R$ 500 mil. Em maio, o presidente participou de almoço com nomes do agronegócio, ao qual Rovaris esteve presente.
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Outro ponto que liga o empresário aos atos está no fato de terem sido identificados seis caminhões da sua transportadora em acompanhamento de bolsonaristas em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.
A família de ruralistas Bedin, por sua vez, doou R$ 200 mil, enquanto a Pozzobon, da Fermap Transportes, aportou R$ 147 mil na campanha de Bolsonaro. Esses três conjuntos de doadores são de Sorriso (MT), cidade que concentra 24 pessoas e empresas cujas contas foram bloqueadas.
Outro clã que ajudou o capitão com polpudos recursos foi Costa Beber, de Nova Mutum (MT), com 103 mil.
A decisão de bloquear as 43 contas de pessoas físicas e jurídicas suspeitas de envolvimento com o financiamento e a organização dos protestos foi tomada nesta quinta-feira (17) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que vem acompanhando o caso.
Também figuram na lista de doadores de Bolsonaro envolvidos com os atos golpistas:
Família Pedrassani, donos da Drelafe Transportes de Carga, de Cuiabá (MT) – R$ 80 mil
Família Piaia, de Campo Novo (MT) – R$ 60 mil
Família Ogliari, donos da Muriana Transportes, de Nova Mutum (MT) – R$ 60 mil
Fausto Scholl, dono da Sipal Industria E Comercio, de Sorriso (MT) – R$ 50 mil
Gerson Luis Garbuio, dono da Agritex, de Querência (MT) – R$ 50 mil
Waldemar Verdi Júnior, dono do Banco Rodobens – R$ 30 mil
Moyses Antônio Bocchi, dono da Berrante de Ouro Transportes Ltda, de Sorriso (MT) – R$ 30 mil