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Os últimos dias de Bolsonaro: um retrato final de sua desumanidade

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Os últimos dias de Bolsonaro: um retrato final de sua desumanidade

Tiros e bombas de “Bob Jeff”, granadas do “posto ipiranga” sobre trabalhadores, denúncia fraudulenta ao TSE, pedofilia

Infernal: o governo da destruição de Bolsonaro está chegando ao fim

A lei do carma não poupa mesmo ninguém. Após quase quatro anos infernizando brasileiras e brasileiros com ódio, afrontas, crueldade, total falta de compaixão e uma catastrófica política econômica que levou o Brasil de volta ao Mapa da Fome da ONU, Jair Bolsonaro vive seu inferno astral a poucos dias do segundo turno. Uma a uma, as máscaras dessa excrescência que é seu desgoverno vão caindo. Hoje, o mito está nu.

Do episódio com as meninas venezuelanas que lhe rendeu o epíteto de “véi tarado da motocicleta” aos tiros e bombas contra policiais federais do velho e desbocado amigo Roberto Jefferson, passando pelas granadas de Paulo Guedes no bolso de servidores públicos, trabalhadores e aposentados, o retrato final do desgoverno Bolsonaro é o de um não governo, dedicado à destruição. Como ele prometera no início do “mandato”.

 

Nesta semana, às vésperas do segundo turno, o desespero com a iminente derrota fez aliados do futuro ex-presidente pedirem o adiamento da votação, alegando que ele teria sido prejudicado na distribuição da propaganda eleitoral em rádios no Nordeste.

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A queixa, apresentada em tom de escândalo pela dupla sertaneja Fábio (Faria) & Fábio (Wajngarten), baseava-se num relatório tão mambembe que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, a arquivou por ausência de “qualquer indício mínimo de prova”. Determinou ainda que seus autores sejam investigados por “tentativa de tumultuar o processo eleitoral”.

E de tumulto Bolsonaro entende, pois passou o ano de 2020 inteiro promovendo aglomerações e balbúrdias contra o Estado Democrático de Direito, enquanto as pessoas morriam aos milhares de Covid-19 e ele debochava da situação.

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Agora, Bolsonaro chama o ministro de “ditador”, entre outras ofensas, quando os únicos a atentarem diuturnamente contra a democracia são os bolsonaristas – a começar pelos ataques infundados às urnas eletrônicas. Sobrou até para a padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, no último dia 12 de outubro.

 

Bolsonaro e Guedes querem empurrar a conta da gastança para os pobres

Para completar, a gastança eleitoreira promovida por Bolsonaro, além de não atrair os votos esperados – pesquisa Datafolha revelou que Lula tem 61% e Bolsonaro, 34% entre beneficiados pelo Auxílio Brasil –, abriu um rombo nas contas públicas que Paulo Guedes agora quer cobrir assaltando os bolsos de servidores públicos e trabalhadores ativos e aposentados com um arrocho monstro.

Nesta quinta-feira (27), a campanha bolsonarista divulgou sete vídeos (sete é conta de mentiroso), com Guedes destacando dados da economia, que já entrou em queda, e prometendo manter o Auxílio Brasil de R$ 600, não previsto no Orçamento de 2023.

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Guedes chamou de “mentiras” os próprios estudos de seu superministério, vazados pela imprensa. Mas o mal já está feito. Na semana passada, reportagem da Folha de São Paulo afirmou que Guedes estudava desindexar o Orçamento, o que desobrigaria o governo de corrigir o salário mínimo e benefícios previdenciários pela inflação.

Já nesta semana, reportagem do jornal O Estado de S. Paulo apontou que a equipe de Guedes defendeu por escrito o fim das deduções de gastos com saúde e educação do Imposto de Renda. O terceiro episódio foi a disseminação em redes sociais de declaração de Guedes, em 2020, sugerindo a tributação sobre transações feitas por meio do Pix.

 

Enquanto Guedes acusava os outros por planos que ele sempre quis implantar, Bolsonaro resolveu mexer com quem estava quieto em seu canto. No último dia de comício permitido pela lei eleitoral, em Belford Roxo (Baixada Fluminense), Bolsonaro chamou o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, de “vagabundo, mentiroso, sem caráter e mal-agradecido”.

Como quem fala o que quer, ouve o que não quer, Bolsonaro levou um “passa moleque” exemplar de Paes. “Vagabundo é quem trabalha menos de 4 horas por dia”, lacrou o prefeito no Twitter, em resposta ao “desqualificado incompetente”.

 

“O Brasil ainda vai enxergar quem são Bolsonaro e seus filhotes”, afirmou o ex-ministro e ex-aliado Gustavo Bebianno ao jornal Folha de S. Paulo, no que foi sua última declaração pública antes de morrer, em março de 2020. Palavras proféticas, que poderão se confirmar neste domingo (30).