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Cecília Sóter, Filha de Marginal, Marginalzinha É…

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Gente boa do Blog, em meio a perdas pessoais de pessoas  que  a gente gosta, a morte de um tio, amigo e ouvinte, de ver “gente da gente” sofrendo e chorando, de ataques a granada a policiais federais, por um bandido canalha e covarde, li nessa madrugada um livro de poemas descrito por uma garota marginal.

A obra, “VINTE poemas de amor para se ler tomando café”, de Cecília Sóter é um gostoso convite ao deleite.

De garrafa nova que cabe exatamente um litro de café, adquirida após mil e uma reclamações da companheira que sofre e sente os sabores e dissabores de uma vida ao lado de um parceiro, fui lá ler.

Pois bem, dizem que uma fruta não cai longe do pé, ditado popular fácil em se  confirmar ao saborear a poesia de Cécília e beber o café, descendente de um poeta marginal catalano, que ao cheiro do álcool recendido do mimeógrafo, cravou suas palavras e seu doce veneno na burguesia do Distrito Federal, lá pelos finais da década de 1970, 1980.

O camarada Sóter deve se remoer de alegria, ao ver que a fruta, é doce, meiga e que  não perde a ternura, muito menos quando é para endurecer.

Sempre fui um apaixonado pela cidade do Rio de Janeiro com suas beldades e excentricidades,  torcedor do Botafogo de Futebol e Regatas como o pai dela, nosso querido Sóter,  cidade maravilhosa, um território proibido para muitos como muito bem lembrado no poema “Território Proibido, você cruzou ilegalmente a fronteira do meu coração”…

Cecília, chegou, chegando, ela é daquelas que percebemos logo que é “daquelas” “que acreditam sem ver e agem sem pensar, sempre pensando nas consequências de um enlaçar de pernas, de braços, e de desejos de ouvir o coração bater bem forte”…

De cara limpa, bem lavada pelas vicissitudes da vida, sem máscaras e maquiagem, com “defeitos”, claro!

E para finalizar, sem querer fazer “julgamento”, e sabendo que “cama vazia’ “e muitas vezes com tesão a flor da pele, pode pintar um” “sorriso” ou quem sabe um “abismo”.

Óh meus Deus, aliás dos outros, “Dias quentes”, calientes até, lembrando nunca diga nunca, prefira sempre…

Lindos e belos poemas, “uma mala despachada, um cigarro antes do embarque” (..) aterrizei, “O fim”, ou seria o começo…