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Bolsonaro usou a PF contra governador apoiado por Lula?

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Bolsonaro usou a PF contra governador apoiado por Lula?

 

Com a ofensiva da PM, batizada esdruxulamente de Operação Edema, o STJ determinou o afastamento do governador alagoano , Paulo Dantas

 

O governador Paulo Dantas (MDB), entre o ex-presidente Lula e o ex-governador Renan Filho

A menos de três semanas para o segundo turno, a Polícia Federal (PF), em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), deflagrou nesta terça-feira (11) uma operação contra Paulo Dantas (MDB), governador de Alagoas e candidato à reeleição. Além de ser apoiado por Luiz Inácio Lula da Silva (PL) – que teve 56,50% dos votos válidos no estado no primeiro turno –, Dantas tinha agenda marcada com o ex-presidente nesta semana.

Com a ofensiva da PM, batizada esdruxulamente de Operação Edema, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou o afastamento do governador alagoano por suposta prática de “rachadinha”. A PF cumpriu 31 mandados de busca e apreensão.

A coordenação da campanha Dantas acusa a gestão Jair Bolsonaro (PL) de interferência ilegal, com fins eleitoreiros. A administração federal teria usado a PF para desgastar a imagem do governador – que é favorito absoluto no segundo turno.

Conforme pesquisa TV Record/RealTime Big Data divulgada nesta terça-feira (11), o emedebista tem 59% dos votos válidos, contra 41% de Rodrigo Cunha (União Brasil). Dantas é apoiado pelo senador Renan Calheiros (MDB), e Cunha, pelo deputado federal Arthur Lira (PP), presidente da Câmara e aliado de Bolsonaro.

Renan foi às redes sociais para denunciar a operação. “A perseguição ao governador @paulodantasal remonta a 2017, é da competência estadual. Foi parar no STJ por uma armação de Lira e lá perambulou por vários gabinetes até cair nas mãos certas da ministra bolsonarista Laurita Vaz, que não tem competência para o caso”, tuitou o senador. Segundo Renan, a PF de Alagoas é “a Gestapo” de Arthur Lira.

O jornalista Kennedy Alencar, do UOL, também pôs em xeque a operação da PF. “A gente está a menos de três semanas do segundo turno. Está claro para mim o cunho eleitoral e político dessa acusação”, afirmou. “Isso tem que ser investigado e ver o mérito das acusações. Essa operação tem um timing politico e foi feito a pedido da Polícia Federal.”

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