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Lula abre campanha de 2º. turno, em SBC, criticando cortes na educação

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Lula abre campanha de 2º. turno, em SBC, criticando cortes na educação

 

Lula criticou o contingenciamento de verbas da educação e o ataque de Bolsonaro aos nordestinos. Lembrou a criação de universidades e programas de inclusão estudantil em seu governo.

 

Nesta quinta-feira (6), de manhã, aconteceu o primeiro ato de rua da campanha de Luis Inácio Lula da Silva à Presidência da República, no segundo turno. Os primeiros três dias foram marcados por reuniões para debates estratégicos e também acumulo de apoios de todo o país, ampliando a base de partidos e lideranças na campanha. Agora, o objetivo é colorir as ruas com as cores da campanha e chegar ao eleitor que deixou de votar no primeiro turno.

Os primeiros atos desta semana ocorrem em cidades do Sudeste, onde o ex-presidente quer ampliar sua votação. O candidato a governador Fernando Haddad e o candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin acompanham a caminhada no ABC. A concentração foi em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos, local simbólico da origem política do petista, seguindo até a Praça da Matriz. No primeiro turno, Lula também começou sua campanha na frente da fábrica da Volkswagen, no mesmo município.

A agenda de corpo-a-corpo com o eleitor continua na região metropolitana de São Paulo, nesta sexta, em Guarulhos, no sábado segue para o interior paulista, em Campinas, partidno, então, para Belo Horizonte, no domingo, e Rio de Janeiro, na terça-feira. Nas próximas horas, o presidente ainda deve aparecer ao lado de Simone Tebet, candidata do MDB derrotada no primeiro turno, e de parlamentares do PSD.

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A caminhada foi animada, com milhares de pessoas acompanhando. O ex-prefeito de São Bernardo do Campo, Luis Marinho (PT) também participou, assim como os prefeitos de Mauá, Marcelo Oliveira (PT) e Diadema, José de Filippi Jr (PT), além de parlamentares. Das janelas dos prédios, apoiadores, junto com o público das ruas, acenavam acompanhando os jingles da campanha.

Sangue nordestino

O presidente fez um discurso curto em que começou explicando para Geraldo Alckmin que o local onde estavam, em frente à igreja matriz, tem muita história. No Primeiro de Maio de 1980 quase houve uma chacina de trabalhadores e sindicalistas em greve, no local. Ele contou que diante da ameáca do General Braga de reprimir com violência os trabalhadores, o padre Adelino e Dom Claudio Humes deram guarida na igreja. Na ocasião, o senador Teotonio Vilela (AL) também atuou para impedir massacre. “Depois disso essa praça se tornou um lugar de luta sindical”.

Lula lembrou o que fez pelas universidades e a inclusão de milhões de jovens no ensino superior, para denunciar o que leu no noticiário de hoje. Bolsonaro cortou milhões das universidades e da educação para garantir apoio a sua reeleição.

O contingenciamento no orçamento do Ministério da Educação resultará numa redução de R$ 328,5 milhões. Ao longo de 2022, já haviam sido bloqueados R$ 763 milhões. O decreto formaliza o contingenciamento no âmbito de todo o MEC de R$ 2,4 bilhões. Foram R$ 1.340 bilhão entre julho e agosto e mais R$ 1.059 bilhão agora.

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Lula apelou para que seus eleitores façam o corpo-a-corpo nas lojas e vizinhança para comparar os candidatos. Ele indagou se havia nordestinos no local, para dizer que Bolsonaro criticou o voto nordestino por ser “analfabeto”. O Nordeste foi a região onde Lula mais foi votado. “Quem tiver uma gota de sangue nordestino não pode votar nesse monstro, negacionista que governa esse pais. Ele que vá pegar o voto dos milicianos que mataram Marielle, que foram responsáveis pelas milhares de morte na pandemia, que vá pedir voto à quadrilha do Queiroz, aos que organizam a rachadinha dos seus filhos”, atacou.

Haddad fez uma saudação rápida em que falou da necessidade de conquistar os votos do ABC para vencer o segundo turno, após a saudação de sua vice Lúcia França (PSB).

Alckmin destacou que São Bernardo é a capital da democracia, dos trabalhadores e da indústria, onde Lula vai recuperar a liberdade, o emprego e a economia. “O Brasil não quer tortura, desemprego, negacionismo, inflação. Fora Bozo!”, gritou ele.