Convenção Nacional do PDT. Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil

O terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, sempre abaixo dos 10%, Ciro Gomes, teve na última quarta-feira (20), o lançamento da sua candidatura para presidência da república oficializada em convenção do PDT, em Brasília.

Sem ainda ter um candidato ou candidata à vice na sua chapa e sem apoio de outros partidos políticos, Ciro permanece isolado.

O ato em Brasília foi uma tentativa de mostrar força, assim como Bolsonaro tende a fazer no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, no próximo final de semana. Nisso os candidatos se assemelham, ao contrário do que Ciro tenta emplacar a todo momento ao dizer que Lula e Bolsonaro são iguais. Inclusive, no ato de lançamento de sua candidatura, Ciro, mais uma vez, quis colar ao ex-presidente Lula alguma semelhança a Bolsonaro em outra tentativa de se apresentar como terceira via – posto antes ocupado por Sérgio Moro, que agora irá concorrer ao Senado pelo Paraná.

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O ato do PDT, assim como o de Bolsonaro, vai ao contrário de convenções de outros partidos que serão apenas com dirigentes dos partidos e outras apenas virtuais, em uma estratégia para concentrar forças e recursos para quando as campanhas realmente iniciarem, a partir de 16 de agosto.

Nas eleições de 2018, Ciro ficou em terceiro lugar nas eleições para presidente. No segundo turno apoiou Haddad, mas não participou de nenhum ato público ao seu lado. Passou o período do segundo turno em Paris e voltou somente para votar, como afirmou posteriormente. Na ocasião teve 12,47% dos eleitores, com 13.344.371 votos. O ex-ministro e ex-governador do Ceará já concorreu também à presidência em 1998 e 2002.