Imunidade Poética!
Presente!
A noite caminha para o fim,
Na madrugada
pensamentos ciganeiam
ruas compridas,
labirínticas, mal iluminadas:
Sou eu
tua insolente insônia,
Santuários, umbrais;
Um ás, uns ais.
Volteio artístico
na finitude
de teus sulcos cerebrais,
Glutinosa, viva,
Sou clímax:
cume da tua narrativa,
látex no teu córtex.
Teu cumprir.
Ando teu infinito estar
e deixo-me
escapulir derretida,
salgada,
no contrair da tua face,
no escuro do teu lugar.
Por: Lécia Lucas