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Poema de Segunda

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ENTREVERANDO

 

Autor: Ulysses Rocha Filho

 

 

entrevero que não (a)caba mais

mais fico velho, mais vejo tantos

entreveros que danificam gentes,

animais e natureza aos prantos

na vida que derruba o ser,

no homem que teima em ter,

na vida que destrói vidas

e mais fico ficando velho,

menos vida continuo vendo….

 

 

entrevero que não mais (a)cabam

entreveros que danificam gentes,

entreveros que morrem plantas,

entreveros que furam vezes,

entreveros terrenos sem terra,

entreveros que não se alimentam….

 

entrevero que não (a)caba mais

entre versos e veros mentiras

são entre vidas e entre mentes

que mentem mortes e vidas,

que vivem ódios e malfeitos,

entre versos e caminhadas

entre caminhadas e amadas

palavras de dor entreversas:

palavras de dor entreveradas…

 

 

 

(poema de segunda…)

Sigamos conversando e aprendendo…,

Prof. Dr. ULYSSES ROCHA FILHO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Unidade Acadêmica Especial de Letras e Linguística – UAELL/UFG

Professor do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem

Membro da Academia Catalana de Letras – Cadeira 14