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Poema de Segunda

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CASUALIDADE DA SEMELHANÇA…

Autor: Ulysses Rocha Filho (17junho2019)

 

Desde que Capitu disse da

casualidade da semelhança…

(com as devidas reticências)

Prolongadas pelo ponto final,

Uma pulga se avizinhou da

Orelha dos ciúmes mais longos

E dos longos dizeres em si

Sobre o nada que nem é

O cerne do que ela disse….

 

Desde que Bentinho contou

O que nem percebeu da

casualidade da semelhança

(sem a reticência, mas final

Ponto que teceu em si mesmo),

As letras se tecem em debates

E batem em só narrar feito

Dos capítulos curtos em si

Sobre o nada que nem é

O cerne do que ele contou….

 

E as letras de Otelo ficam

E o casmurro homem mata

E a ressaca perdura ódio

Na planta do enredo da

casualidade da semelhança

de Desdêmona e Escobar

do amante da letra que

trai em si e traz para sim

a casualidade da semelhança…