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Mulheres Trabalhadoras repudiam violência contra a mulher

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Após divulgação de pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), na última quinta-feira (27), na qual apontou que65,1% dos entrevistados culpam mulher por abuso sexual, o Fórum Nacional das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais (FNMT) emitiu uma nota de répudio à violência contra a mulher.

 


Mulheres trabalhadoras repudiam resultado de pesquisa

Leia abaixo a íntegra do documento
O Fórum Nacional das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais manifestam sua indignação a respeito da pesquisa publicada pelo IPEA, que aponta que 42,7% da população (homens e mulheres) concordam que “mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas” e 35,3% concordam totalmente que “se as mulheres soubessem como se comportar haveria menos estupros”.

Qualquer pesquisa de opinião não pode pressupor em seu enunciado juízo de valor, por exemplo, na questão admitir que a mulher mereça ser atacada conforme a roupa que veste, é intensificar a discriminação e o preconceito consequentemente, estimular práticas criminosas, como assédio sexual dentre outras.

Infelizmente a cultura patriarcal e machista imputa à mulher a culpa pela violência sofrida. Até quando continuaremos a alimentar essa mentalidade atrasada? Cadê as políticas públicas de estado que, através de seus instrumentos como a educação, não desenvolvem uma política consequente para formar novas gerações que respeitem os direitos humanos das mulheres? Por que nossa mídia através de seus instrumentos não desenvolve campanhas que garantam o direito da mulher? A violência física, moral, sexual e verbal não pode continuar sem rigorosa punição.

Pela imediata implantação da Lei Maria da Penha.

O nosso mais veemente repúdio.

Maria Auxiliadora dos Santos
Secretaria de Políticas para as Mulheres da Força Sindical

Ivania Pereira
Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora da CTB

Eleuza de Cássia Bufelli Macari
Coletivo de Gênero da UGT

Sônia Maria Zerino da Silva
Diretora Para Assuntos da Mulher e da Juventude da NCST

Fonte: CTB