Número de mortes violentas em Catalão muda o antigo cenário de cidade calma do interior
Fazendo cair por terra todos às belas propagandas incessantes na mídia brasileira, que dão conta que a Segurança Pública do país e eficaz na proteção e segurança de seus cidadãos, uma organização não governamental (ONG) mexicana, a Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal, verificou a partir de delicados estudos que o Brasil possui 16 cidades entre as 50 mais perigosas do mundo.
O relatório baseado em números de homicídios comuns a cada 100 mil habitantes entende que Maceió, capital do Estado de Alagoas, é a mais perigosa cidade brasileira para se viver; a 7ª em todo o mundo.
Essa pesquisa o governo de Goiás não esperava. Goiânia, com seus cerca de 1,5 milhão de moradores, ocupa a 28ª posição do ranking mundial e é a 10ª em números de assassinatos no país.
Segundo a ONG, o ranking é elaborado baseado no cálculo do número de homicídios registrados em cada cidade dividido pelo numero de habitantes, de acordo com o censo do ano analisado, e multiplicado por 100 mil.
De acordo com dados da Polícia Civil local de fevereiro de 2013 a até março do corrente ano, um total de 13 meses, 16 assassinatos foram registrados em Catalão. Seguindo a ordem, dividindo o número de mortes violentas com a quantidade de moradores do munícipio que, segundo o governo municipal gira em torno de 90 mil moradores, temos o seguinte resultado: 0.177…
Ao multiplicarmos essa lógica por 100 mil, como recomenda o estudo, chegamos ao produto 17.7, que de acordo com os levantamentos da ONG ultrapassa o índice considerado de atenção que é 10.0. Diante disso, temos que Catalão também se tornou uma cidade perigosa para se morar.
A pesquisa dessa entidade leva em consideração municípios com população maior, mas de acordo com as orientações, pode-se muito bem implicar os estudos a qualquer cidade com cerca de 100 mil habitantes ou mais.
Com uma taxa de 187 homicídios a cada 100 mil habitantes, a cidade hondurenha de San Pedro Sula ocupou pelo terceiro ano consecutivo a liderança do ranking. O segundo lugar fica com Caracas, capital da Venezuela, e, em terceiro, Acapulco, no México, com taxas de 134 e 113, respectivamente, a cada 100 mil habitantes.
As 16 cidades brasileiras que estão na lista são: Maceió (AL) com 79,8; Fortaleza (CE) com 72,8; João Pessoa (PB) com 66,9; Natal (RN) com 57,62; Salvador (BA) com 57,6; Vitória (ES) com 57,4; São Luís (MA) com 57,0; Belém (PA) com 48,2; Campina Grande (PB) com 46,0; Goiânia (GO) com 44,6; Cuiabá (MT) com 44,0; Manaus (AM) com 42,5; Recife (PE) com 36,8; Macapá (AP) com 36,6; Belo Horizonte (MG) com 34,7 e Aracaju (SE) com 33,4.
Por: Gustavo Vieira